terça-feira, 13 de março de 2012

O Ladrão de Raios

Tenho duas dificuldades que não são muito comuns aos amantes de livros. Uma delas é com filosofia, simplesmente não consigo gravar a diferença entre sofistas, escolásticos, niilistas e estóicos – considerando que tudo isso tenha alguma relação com filosofia, o que, sequer eu consigo afirmar -, ou entre o pensamento de Platão e de Aristóteles, de Sócrates, Tomás de Aquino ou Nietzsche, isso se houver diferença entre eles.

Minha outra dificuldade é com mitologia, eu nunca sei quais são os deuses, quais são as criaturas mitológicas, quem é filho de quem, quem fez o que e quais são os heróis... e o pouco que eu sei sobre Hércules decorre da versão Disney!!!



Bem, essa introdução toda é para dizer que terminei o livro O Ladrão de Raios, e foi bem rápido, como eu já imaginava que seria. Um raro caso de filme visto antes da leitura do livro, e, como não podia deixar de ser, o livro é muito, mas muito melhor que o filme!! Lembro que quando eu vi o filme senti vontade de ler o livro imediatamente, só não li na época porque tinha outras prioridades livristicas para adquirir. 

A leitura é muito fácil, afinal é um livro infanto-juvenil e me lembrou bastante Harry Potter e a Pedra Filosofal. O que eu mais gostei foi do próprio Percy. Ele tem aquele humor inteligente, sempre com frases ótimas e boas tiradas, me fez lembrar aquele garoto que toda classe sempre tem, popular, engraçado, que faz piadinhas, e que as professoras podem considerar terrível, mas lá no fundo são seus preferidos!!

A verdade é que depois de tanto sangue, a gente estranha uma história em que as coisas se resolvem facilmente, em que o “bem” sempre leva vantagem de certa forma... no começo a facilidade com que Percy, apesar de quase nenhum treinamento, resolvia os obstáculos, estava me incomodando um pouco, mas então eu parei, pensei e me situei: “eu não estou em Westeros ou na Idade Média, não estou acompanhando Derfel ou Utrhed”, e então comecei a aproveitar a leitura que narra as aventuras desse garoto que, a primeira vista parece apenas um menino problemático, mas que, na verdade, é diferente pelo simples fato de ser um semi-deus e que, de uma hora para outra, vê sua vida mudar completamente ao descobrir sua ascendência divina e se ver em uma intriga que envolve seu poderoso pai Poseidon e Zeus, que, até onde eu consigo visualizar, é tio dele, certo?

Sua missão, nada simples para um garoto de 12 anos, é descer até o Mundo Inferior, reinado de Hades, e resgatar o raio-mestre, símbolo do poder de Zeus que lhe foi roubado. Zeus acredita que foi o garoto quem roubou o tal raio a mando de seu pai e deu o prazo até o solstício para que ele seja devolvido, do contrário, uma grande guerra terá início entre os deuses e essa guerra se estenderá a toda a humanidade mortal.

Uma grande responsabilidade para um garoto que ainda está descobrindo seus dons, e nesta viagem, contará coma ajuda de Annabeth, filha de Atena e de Grover, um sátiro simpático e amigo de todas as horas.

Achei bem bacana a forma como o autor situou uma história que usa elementos da Grécia antiga nos EUA, e como ele fez parecer tão natural que, se antigamente os deuses podiam se relacionar com os humanos a ponto de ter filhos com eles, filhos que eram heróis, hoje em dia isso também seria perfeitamente possível. 

Enfim, o livro é uma delícia, fácil de ler, leitura de descanso mesmo, para relaxar, como as coisas se resolvem meio que rápido demais, a história não é tão elaborada, é simples, direta, mas é muito boa e tem que ser assim tendo em vista o publico alvo. Vale a pena ler, gostei bastante e, como bem previu a Fê do Na Trilha, vou ler toda a coleção!!!

E, agora acho que vou aprender um pouco de Mitologia, porque assim fica bem mais fácil!!:o)

Escolho como próxima leitura O Grande Gatsby de Scott Fitzgerald, um livro que eu já queria ler há um tempão e que, agora com o filme, tive que comprar para ler antes da estréia no cinema!! Além disso, gosto muito dos anos 20, então acredito que vai ser uma boa leitura!!!

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

5 comentários:

Fefa Rodrigues disse...

Orquideaaaaaaaaa!!! Que bom receber comentários seus!!:o)

O remake é com o Leo di Caprio e quero estar preparada para a estréia!!!

Não conheço esse livro Véu Pintado... é bom???

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

KKKKKKKKKK!

Eu disse que você ia viciar! Mas não se engane com o primeiro não. A história vai ficando mais complicada à medida que continua, e os personagens evoluem bastante, bem como Harry Potter mesmo. E as tiradas do Percy são mesmo sensacionais! adoro o humor meio ácido dele. E concordo: o filme até que é legal, mas o livro é mil vezes melhor.

Eu também ando na correria. Como mudei de emprego, agora dou aula (aliás, adorei o comentário sobre o Percy aluno! Eu com certeza tive - e tenho - alguns assim ;D) de tarde até as 21 horas, mas é só questão de me adaptar. Continuo lendo bastante. Agora estu lendo a trilogia de Jogos Vorazes, por causa do filme, mas adorei o primeiro (terminei ontem, então espero que a resenha fique pronta hoje) e já engatei no segundo. Antes eu reli toda a série Vampire Academy pra matar a saudade do Dimitri Belikov (suspiro!), por isso nào postei nada nesses dias.

Beijos!

Vitor disse...

Fefa, eu também tenho um pouco de dificuldade em relação com a filosofia e a mitologia, mas essa segunda eu entendendo um pouco (muito pouco) melhor. Quero ler Percy, porque faz tempo que fala que vou ler e não leio.
PS.: Queda de Gigantes está muito bom e nas retas finais, faltam menos de 300 páginas para terminar.
Abraços,
Vitor Vieira

Samuel Medina (Nerito Samedi) disse...

Ei Fefa!

Estava esperando sua resenha sobre "O ladrão de raios", principalmente porque queria comparar sua leitura com a minha. E eu descobri que...

Sou um chato! É, infelizmente sou um chato de galocha! Só pode ser isso. Eu fiz uma resenha sobre esse livro há muito tempo. Está no blog.

Eu li a série toda há mais de um ano. Naquela época achei melhor resenhar apenas o primeiro porque ele já ditava o tom geral da narrativa. Não discordo do que você disse do livro (com ressalvas). A leitura é agradável, leve. O que eu critiquei no livro foi principalmente essa superficialidade. Agora, eu achei o Percy muito chato, até um pouco pretensioso. Se bem que essa é a principal premissa para o filho de um deus, né? rsrsrsrs

Abração!

Fefa Rodrigues disse...

Nerito, o livro é muito superfficial mesmo, mas tentei não me prender a este fato... como disse, n começo não estava gostando... estava achando meio bobo, só então parei e pensei que é um livro infantil... então, entrei na onda... claro q não é um livro infantil como Narnia... mas é algo para relaxar!!!

Eu gostei mesmo deste jeitinho pretencioso do Jack... heheh

Sabe, eu não tenho sido muito critica com os livros pq, as vezes, eles são meus únicos companheiros durante a semana!!!