segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O Grande Abismo – C. S. Lewis

Algumas vezes eu fico imaginando Lewis e Tolkien, depois de um dia de trabalho em Oxford, sentados em um pub, tomando uma cerveja e conversando sobre os mundos que iriam criar... dois homens adultos com uma imaginação sem limites... ou, talvez, que tiveram coragem de não impor limites lógicos à sua imaginação... e assim nos presentearam com a Terra Média e com Nárnia. Eu, particularmente, tenho uma queda especial por Nárnia, mas isso é por causa do Aslam...


Algumas postagens abaixo eu falei sobre Cartas do Diabo a seu Aprendiz, uma obra do C.S. Lewis não muito conhecida, e hoje foi falar de outra que, talvez, também não seja tão lembrada quanto As Crônicas de Nárnia, mas que merece ser lida.

A obra que eu quero comentar hoje, O Grande Abismo é um livro pequeno que eu comprei só por ter sido escrita pelo Lewis e mais uma vez me surpreendi. Aqui, assim como em Cartas do Diabo a seu Aprendiz, o leitor vai sentir de forma acentuada as convicções e crenças do escritor, mas, sejam quais forem suas crenças ou descrenças, é uma obra que vale a pena ser lida.

Confesso que não sei a diferença entre um Conto e um Romance (se alguém entendido do assunto puder me explicar, eu agradeço), mas acho que neste caso, estou diante de um conto.

O grande abismo é a separação entre o céu e o inferno. A principio a gente não percebe que, no início da história o personagem está no inferno. Na verdade, ele está em um tipo de réplica de Londres, um local chamado Cidade Cinzenta, e de lá ele e um grupo de pessoas, pega um ônibus para um lugar conhecido como Países Altos, tipo como se estivesse indo para o campo passar um fim de semana. A Cidade Cinzenta não é como o inferno que estamos acostumados a ver... fogo, gente sofrendo, capetas por todos os lados... mas é como se fosse nosso próprio mundo cinza, mais poluído que nunca... num certo momento, o personagem principal olha pela janela de uma casa e vê Napoleão andando de um lado para outro e repetindo as mesmas palavras infindáveis vezes... como se ele estivesse condenado a passar a eternidade preso às suas obsessões...

Aquelas pessoas que vão para os Países Altos, na verdade, estão tendo uma segunda chance de caminhar em direção a Deus, mas por motivos como orgulho, medo, vergonha, egoísmo e, especialmente, em razão de antigos desafetos, abrem mão de sua vida no céu... preferem continuar apegados aquela pequenez...

O grande abismo, acredito eu, é uma alegoria a impossibilidade de se unir céu e inferno, a tudo aquilo que nos afasta de Deus e a impossibilidade de se entrar no céu levando aquilo que pertence ao inferno, seja o céu aquele local que, segundo a Bíblia, terá ruas de ouro e onde Aslam enxugará dos nossos olhos todas as lágrimas, seja um estado de espírito a ser vivido aqui na Terra mesmo.

A verdade é que, sendo C. S. Lewis sempre vale a pena ler, sempre!!

Beijos e boa leitura...
Fefa Rodrigues

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Arquitetura da Destruição

Noutro dia, já faz bastante tempo, estava conversando com dois amigos aqui do trabalho, o Dudu e o Alê... falávamos sobre história e II Guerra, e o Alê me deu uma dica, o documentário Arquitetura da Destruição que eu baixei direto do Youtube e assisti já naquela época... ontem, estava fazendo uma limpeza no micro e encontrei os vídeos.


O documentário é sobre o nazismo, mas ele tem um foco diferente... a importância da “estética nazista” como fundamentou de uma ideologia tão agressiva. E, sinceramente, acho que só deve se aventurar em assisti-lo quem gosta muito de história. O filme é feito todo por meio de imagens originais, com uma narração ao fundo, então, quem não gosta, vai dormir nos primeiros minutos, já, quem gosta, vai assistir várias e várias vezes.
Aprendi com este documentário que a arte, o belo, era algo muito importante para o nazismo, mas a arte considerada boa. Para fomentar a boa arte, dezenas de mostras eram organizadas e, quando a “terrível arte moderna” começou a aparecer, os nazistas logo começaram apontá-la como uma prova da depravação e da inferioridade de outros povos, especialmente dos judeus.

Outro ponto que o documentário aborda são os planos arquitetônicos de Hitler para a construção de uma nova Alemanha, que seria o centro do mundo e, como tal, deveria ser o local mais belo da história. No filme, vemos uma maquete enorme do que seria Berlim após a Guerra, quando do Terceiro Reich enfim fosse uma realidade.

Essa busca pela beleza da sociedade alemã também foi a base para que os médicos, a pedido de Hitler, desenvolvessem teorias e idéias que justificavam a eutanásia de pessoas com deficiência mental ou com deformidade. Um dia estas idéias iriam apoiar o extermínio em massa dos judeus, ciganos, homossexuais dentre outros.


Já disse aqui, outro dia, que os romances históricos me ajudam a aprender história muito mais que a literatura especializada. Assim é que, lendo Queda de Gigantes eu começo a compreender como uma Guerra acontece. Porque, muitas vezes, à distância, a gente se pergunta “como é que as grandes nações, os povos que a gente considera tão civilizados, puderam entrar em Guerra? Como um inglês e um alemão, que são sinônimos de boa educação, resolvem se matar?”. Mas, acredito que, de todas essas perguntas que enchem a nossa mente, a mais difícil de entender é “como a Alemanha, aquele pais tão civilizado, educado, que não deve deixar cair uma bituca de cigarro no chão, foi deixar acontecer o Nazismo??”.

Eu acho que o que realmente acontece é que guerras e loucuras como o nazismo não acontecem de um dia para o outro, são cosias que vão sendo semeadas até que ganham vida própria e isso a gente percebe muito nitidamente em Queda de Gigantes especialmente no fim, quando a Alemanha está sofrendo todas as conseqüências por ter “perdido” a guerra e um jornal aqui, uma conversa ali, começa a sugerir que há um culpado por tudo aquilo, por toda a humilhação e sofrimento que o povo alemão está passando... os judeus.

Bom, divagações à parte, o documentário é muito interessante pra que, quem gosta do assunto, vá muito além daquela visão básica e taxativa de alemães, nazistas, Hitler e tudo mais. Indico, ainda mais com a facilidade de se baixar os vídeos pelo Youtube.

Beijos
Fefa Rodrigues

Presente Especial

Quando faltavam poucos meses para a Luisa, filha da minha amiga Laura, nascer, eu comecei a pensar em um presente para dar pra ela, mas queria algo especial. Como um bebe esperado e amado, sabia que ela ganharia muitas coisas... brinquedos, roupinhas, apetrechos... então, como encontrar algo especial??


Um dia, me lembrei de uma dica de chá de bebê que li certa vez, a pessoa sugeria que a criança fosse presenteada com livros, não só livros infantis, mas todos os tipos de livros... o que seria mais a minha cara que dar para a pequena um livro? Provavelmente seu primeiro livro?

Um livro. Foi minha escolha. Decidi por O Pequeno Príncipe um clássico que poderá ser lido pela Laura antes da pequena Luisa dormir e poderá ser lido pela Luisa quando ela crescer!!

Com a ajuda da Tais, o pacote ficou assim...


E quando a Laura abriu o presente, eu vi as lágrimas nos olhos dela. Foi especial!!

Então, se tem um bebe chegando por ai, que tal presentear com um livro???

Beijos
Fefa Rodrigues

Cartas do Diabo a seu Aprendiz – C. S. Lewis

C. S. Lewis é um gênio. O que me entristece é que, mesmo sendo ele declaradamente um cristão, suas obras são pouco conhecidas no meio, quando não, mal vistas... e falo por experiência própria. Quando eu li no livro A História da Humanidade (recomendadíssimo!!) sobre a Reforma Protestante, sendo eu presbiteriana, me enchi de orgulho quando o autor disse “os protestantes foram a razão dos livreiros ficarem ricos”... passado o momento, me enchi de tristeza porque hoje em dia as coisas seriam diferentes...


Mas, seja você cristão, budista, ateu ou muçulmano... seja você protestante ou católico... a verdade é que dificilmente não vai gostar das obras desse escritor genial.

A obra mais conhecida dele é As Crônicas de Nárnia, mas meu primeiro contato com o escritor foi por meio de Cartas do Diabo a seu Aprendiz, que minha mãe – também apaixonada por livros – comprou depois de ouvir obra e autor serem citados durante uma pregação.

Ironia é a palavra que define essa obra baseada em 31 cartas trocadas entre Screwtape, um diabo muito experiente, que trabalhou por muitos anos como tentador em solo inglês, onde alcançou notoriedade e foi promovido, a Wormwood, seu jovem sobrinho, que ainda está no início de sua carreira do mal e que recebeu a missão de afastar um certo jovem de qualquer contato com Deus.

É engraçado como as correspondências se parecem como conversas entre duas pessoas que trabalham numa mesma empresa... divertidíssimo! Mas o que o autor faz é analisar o processo de “tentação da humanidade”.

Não dá para fazer um resumo, porque não é um romance no sentido literal do termo, cada uma das cartas fala sobre algum aspecto da natureza humana a ser tentado... como é um livro fino e muito engraçado, acredito que a maioria consegue ler a obra em um fim de semana, ou, como diria minha mãe, “em uma sentada”.

Vale a pena ler, acreditando ou não na existência de um mundo espiritual, seja para se divertir, seja para refletir e, principalmente, pela qualidade do humor desse grande escritor (só podia ser inglês, não é?!).

É isso ai gente... e ótima sexta-feira mais que chuvosa a todos (não me lembro de um janeiro tão chuvoso assim!!)

Beijos e boa leitura
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

The Fantasy World Map

Para quem ama fantasia e vive mais no mundo da lua que no planeta Terra, olha que demais...


Imagem: We Heart It

Ah... poxa, esqueci meu pen drive em casa, então a postagem do dia vem só a noite hoje... vou falar sobre uma obra do C.S. Lewis que não é muito conhecida... então, até lá!!!

Beijos
Fefa Rodrigues

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Má Hora – Gabriel Garcia Marquez

Hoje vou falar algo que dificilmente vai se repetir: esse é um livro do Gabriel Garcia Marquez que eu não gostei.


Fora esse livro, tudo que eu li do Gabo, eu reli. Sou apaixonada por ele!

Cem Anos de Solidão eu li cinco vezes, e como já disse, antes de emprestar o livro e nunca mais vê-lo de volta, eu gostava de abrir aleatoriamente e ler um trecho qualquer... eu realmente adorei aquele livro.

Amor nos Tempos do Cólera também está entre meus preferidos e eu só não li mais vezes porque eu nunca tive um exemplar, mas já vi e revi o filme várias vezes.

O mesmo aconteceu com Do Amor e Outros Demônios, que eu encontrei no sebo, commprei por uma quantia irrisória, li três vezes e descobri nesse último fim de semana, em uma conversa com minha pequena ursa Dani, que ele virou filme... assim que o Davi terminar de baixar eu vou assistir, então, comento.

Esses foram meus preferidos deste escritor, mas tudo que eu li dele eu amei... amo a forma como ele narra o “absurdo da existência humana”... como ele revela a magia que existe na vida comum, na vida real.

Mas, incrivelmente, com A Má Hora isso não aconteceu. Aliás, foi um dos livros que eu menos gostei dentre os pousoc slivros que eu não gostei nessa vida... e só terminei porque ele não é grosso e como era Gabo eu me mantive firme e forte até o fim... questão de honra.

O livro narra os acontecimentos de um pequeno vilarejo, dominado pela figura tirânica de um alcaide, e que vê sua paz ser quebrada em um domingo de manhã, quando um dos moradores do local mata com um tiro o suposto amante de sua esposa. O adultério havia sido descoberto por um bilhete que havia amanhecido pregado à sua porta. A partir de então, bilhetes começam a aparecer pregado às portas das casas revelando os segredos das pessoas, informações sobre suas vidas particulares, como crimes, adultérios e todo tipo de coisas que as pessoas preferem esconder. No fundo, são boatos que se tornam públicos, coisas que todos desconfiavam, mas que não estão provados... como todos tem algo a esconder, as pessoas começam a se sentir ameaçadas, então, imagina o clima que isso cria!!

Apesar de temperado com o impensável, para mim, parece que este livro não foi escrito pelo Gabo, eu não consegui encontrar nenhum dos traços que o tornam um escritor fantástico, excepcional e tão original. Mas eu vou ressaltar que a crítica literária elogia muito o livro, que, inclusive, ganhou prêmios e é considerado como a obra que demonstra o amadurecimento do autor... eu, em minha completa ignorância, não gostei.

Talvez, assim como com Morro dos Ventos Uivantes, dentre alguns outros, eu deva dar uma segunda chance a obra que está ali, acanhada, em minha prateleira... porém, se por um lado eu não gostei muito desta obra, por outro eu incentivo a leitura de tudo que o Gabo já escreveu, especialmente para quem gosta de fantasia... apesar de não ser a mesma coisa, não ser o mesmo estilo, quem gosta de fantasia certamente vai ter a mente aberta o suficiente para viajar pelas histórias do Gabo...

Beijos e boa leitura
Fefa Rodrigues

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Queda de Gigantes – Ken Follet

Um livro inesquecível!


Confesso que, a princípio, não esperava tanto da obra, mas agora este livro faz parte da lista dos meus preferidos. Eu imaginava que seria bom, não sabia que é ótimo.

É que, apesar de ter gostado de Os Pilares da Terra, enquanto eu lia aquele livro tinha a sensação de que havia algo errado e eu acabei percebendo que o que me incomodava na obra era a linguagem, então, quando comprei Queda por indicação da Fê do Na Trilha, pensei que talvez essa questão outra vez fosse me desagradar. Não foi o que aconteceu, não tenho qualquer ressalva a fazer quanto a este livro, só elogios.

O romance histórico se ambienta principalmente na Inglaterra pré I Guerra, mas também vemos um pouco da realidade Russa pré e pós Revolução e conhecemos mais dos Estados Unidos do início do século XX e da luta do presidente Woodrom Wilson para realizar seu sonho e criar a Liga das Nações.

Amei os personagens, principalmente lady Maud, Walter von Ulrich, Ethel e Billy. Também achei perfeita a forma como o autor vai narrando a história, novamente não sei se vai ser a palavra mais correta para definir isso, mas a história não é linear, não é uma seqüência de eventos de grande destaque, a história vai sendo formada por situações esparsas, acontecimentos do cotidiano de pessoas diferentes... aristocratas, mineradores, políticos, diplomatas, empregados, militares... russos, galeses, ingleses, alemães e norte-americanos... tudo nos bastidores da I Guerra.

A cada momento estamos em um país e entre um e outro capítulo algumas vezes se passam alguns dias, outras vezes se passam meses, e isso dá um ritmo acelerado à história e à narração... são 900 páginas que a gente devora sem se cansar.

A história têm inicio em uma pequena cidade mineradora do País de Gales, no mesmo dia em que o Rei Jorge é coroado, o jovem Billy, filho de Dã, o presidente do sindicato dos mineradores, aos 13 anos, inicia sua vida profissional nas minas de carvão enquanto sua irmã Ethel é governanta na propriedade do Conde Fitszherbert, um moça inteligente e bonita que logo se destaca e atinge o posto de governanta.

O Conde é irmão de Lady Maud, jovem inteligente, feminista e liberal que luta pelos direitos das mulheres, especialmente pelo direito de voto e durante a I Guerra, junto com Ethel, lutam pelo direito ao recebimento de pensões pelas mulheres dos soldados, ele é casado com Bea, uma princesa russa mimada e fútil. A família de Fitszherbert tem muitos amigos importantes, dentre eles Walter von Ulrich, um dos diplomatas alemães na Inglaterra e Gus Dewar, um norte-americano que é assistente do presidente Woodrow.

Em uma viagem à Rússia, o Conde, sua esposa e alguns destes amigos visitam uma fábrica de locomotivas e ali conhecemos dois operários, os irmãos Grigori, que está juntando dinheiro para imigrar para os Estados Unidos e Lev, mais novo, de quem ele cuida desde a morte de seus pais, mas que não leva uma vida muito correta.

São estes os personagens centrais da trama.

Na Inglaterra, as mulheres lutam pelo direito ao voto e os mineradores lutam por melhores condições de vida e de trabalho, na Rússia os trabalhadores sofrem sob o jugo de um sistema brutal, governados por um czar distante e por uma aristocracia burra, sementes da Revolução, enquanto nos Estados Unidos, alguns imigrantes fazem fortuna e tornam país a Terra dos Sonhos para pessoas do mundo todo, especialmente dos pobres.

Mas a morte do duque Francisco Ferdinando por um separatista sérvio vai interferir na vida de todos eles. A Europa que está em um clima de tensão desde a guerra entre a Alemanha e a França, que culminou na perda da Alsácia e Lorena, e o assassinato parece ser o estopim.

A Áustria exige da Sérvia a punição dos culpados pela morte do herdeiro do trono do Império, o que parece apenas uma desculpa para o início das ofensivas, e exige que a Alemanha, sua tradicional aliada, a apóie em uma ofensiva contra a Sérvia.

A Rússia, por sua vez, é ligada à Sérvia por um compromisso de defender o pequeno país, além disso, o gigante não pode perder sua saída para o Mar que se dá pelos Bálcãs, e diante disso mobiliza seu imenso exército de seis milhões de homens. Mas a Rússia sabe que, apesar de seu exército ser enorme, ele é despreparado, enquanto a Alemanha é forte e organizada, o país mais bem armado do mundo – e diga-se de passagem, que povo eficiente!! Diante dessa situação, a Rússia exige que a França cumpra acordo de atacar a retaguarda da Alemanha em caso de ataque deste país à Rússia.

A França então exige que a Inglaterra, por sua vez, cumpra seu compromisso de defendê-la em caso de ataque pela Alemanha...

Enquanto muitos diplomatas e a ala liberal da Inglaterra lutam pela paz, outros lutam pela guerra, afinal, era o orgulho da Áustria que estava em jogo... e todos os interesses das maiores potências da época... e assim, a guerra eclode e atinge de maneiras diferentes a vida de todos os personagens do livro... a Guerra a partir da visão de pessoas comuns...

O livro é realmente muito bom. Enquanto lia, percebi que todos nós, assim como os personagens do livro, lutamos nossas próprias guerras e, alguns de nós, lutam também as guerras de outros... algumas justas, como a luta pelos direitos ou pelas condições de vida, outras não tão justas assim... mas, quando os Gigantes decidem lutar, nós corremos o risco de sermos esmagados por sua fúria!!!

Para mim, dois momentos do livro são de uma simbologia fascinante... (ATENÇÃO - SPOILERS). Tanto o alemão Walter von Ulrich quanto o norte-americano Gus Dewar lutaram incessantemente pela paz ante do conflito começar e pelo fim dele, mas acabaram lutando um contra o outro nos campos da França... aqueles que não queriam a guerra foram para o front, aqueles que quiseram a guerra ficaram confortáveis em casa.

E no final, demonstrando as mudanças sociais que a I Guerra acarretou, enquanto Ethel sob as escadas do parlamento com seu filho, o conde e seu filho descem e são obrigados a se recostar na parede para dar passagem...

Ah!! E o discurso do Billy quando ele se torna candidato também é emocionante!!

Gostei muito da descrição da famosa Batalha do Rio Somme, onde a gente mais uma vez tem que tirar o chapéu para os alemães... da mesma forma que durante a Alta Idade Média os ingleses eram imbatíveis com seus arqueiros, os alemães seriam imbatíveis se, nas duas grande guerras, os EUA não tivessem entrado quase no fim, com seus exércitos descansados e bem nutridos...

Devaneios à parte, recomendo o livro apenas com a ressalva de que, ao final, é provável que você fique decepcionado em saber que se trata de uma trilogia - O Século - e que os livros seguintes ainda não foram publicados... mas vale mesmo a pena ler, ótimo livro!!

Beijos e boa leitura
Fefa Rodrigues

PS: Ah!!! O inicio do livro me lembrou demais a série Downton Abbey, que também indico para quem gosta de histórias de época.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Troque o BBB por um livro....

Porque eu concordo pelna e completamente com a minha amiga Fê, do Na Trilha dos Livros... vou copiar a imagem que ela postou e vou convidar tdas as pessoas de bom senso deste país para trocar o BBB por um livro!!!


Beijos
Fefa Rodrigues

Agora eu voltei de verdade...

Oi!! Estava meio sumida... férias!!! Agora minha boa vida acabou e eu estou de volta... tenho várias coisas para comentar e postar... é que infelizmente fiquei uma semana sem conexão à internet... mas agora tudo voltou ao normal em casa e minha mente está de volta à ativa!!!!

Só para adiantar, terminei Queda de Gigantes, um dos melhores livros que já li na vida... e estou lendo Tormenta de Espadas...

Agora o ano começa de verdade pra mim hehehehe

Beijos
Fefa Rodrigues


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A História Secreta da Última Guerra

Antes de falar desse livro que eu considero uma relíquia, preciso confessar a prática de um crime... apropriação indébita!!! Se você olhar lá no Código Penal, vai ver que a apropriação indébita acontece quando uma pessoa toma para si algo que lhe foi confiado pelo dono, e foi assim que este livro ficou comigo até hoje...


Mas calma. Tenho algumas atenuantes em meu favor. Deixe-me explicar. Há uns 15 anos, eu era uma garota que já amava livros e sempre super interessada em história, principalmente sobre a II Guerra, quando fui a um Congresso na cidade de Águas de Lindoia e, conversando com os adultos, alguns deles acharam muito interessante que alguém tão jovem (àquela época) gostasse tanto de história e de livros... então, um deles me ofereceu emprestado esse tal livro e me mandou pelo correio alguns meses depois... eu devorei o livro rápido... daí li de novo e de novo... e daí tinha que mandar de volta, por sedex... para o endereço dele que morava longe... em outro estado e...  eu não tinha dinheiro!

Simplesmente não tinha... foi uma época difícil gente... daí o tempo foi passando, o livro foi ficando ali no canto... e eu me tornei uma criminosa!! Pode parecer ridículo, mas é verdade... aliás, essa falta de dinheiro atrasou minha ida pra Universidade em quatro anos... mas agora isso é passado.  

Voltando ao livro... é demais!!! Outro daqueles para quem ama história delirar e ter na estante para reler e para uma outro outra foleada de vez em quando!! É uma coletânea de pequenas histórias reais que tiveram grande influência nos rumos da II Guerra Mundial, especialmente sobre sobre as atividades de espionagem! Aliás, sei que a maioria das coisas sobre espionagem que a gente lê e assiste é ficção, mas poxa, a verdade é que não deve haver nada mais emocionante do que ser espião né... especialmente durante a II Guerra!!! hehehehehe

Também tem várias fotografias e imagens dos locais dos conflitos, informações sobre as principais batalhas, táticas de guerra, estratégias adotadas e sobre as pessoas envolvidas. Muito bom mesmo. O exemplar que está comigo já está tão velho que as folhas estão bem amareladas, mas não foi minha culpa, ele já chegou assim, bem velho... e, para falar a verdade, eu nunca vi outro exemplar dele por ai.

Então, talvez só seja possível encontrá-lo em um sebo, por isso, se você se deparar com um destes por ai, não deixe de comprar... vale a pena ter na sua coleção!!!

Bom, confessado o crime, peço perdão ao Sr. Gilberto Botelho de Mello, dono do livro, e se alguém que me visita conhecer esse senhor e souber onde ele mora, por favor me diga o endereço que eu mando o livro de volta... mas, para evitar fraudes eu peço que me respondam a que entidade ele pertencia, que está carimbada no livro e em qual cidade ele vivia!!! Quero me redimir!!!!!!

De qualquer forma, o livro esteve até agora em ótimas mãos... e foi lido e relido dezenas de vezes... e ele ajudou bastante quando o Davi e eu organizávamos as gincanas noturnas no Acampamento de Carnaval...

Então, fica ai mais uma dica...

Beijos e Boa Leitura!!!
Fefa Rodrigues

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Alguns momentos...

Passei a primeira semana do ano na praia com algumas das pessoas que mais amo nessa vida – Davi, Tata, Léo e Alê. Bem que eu queria que também estivessem por lá a Dani, a Frany, o Rafa...

De qualquer forma, foram dias cheios daqueles momentos em que, seja pela cor do céu, seja pelo clima ou pelo brilho do sol nas águas do mar a gente pensa “isso devia virar uma foto para eu nunca mais esquecer...”

E como eu amo fotografar, apesar de ainda não ser muito experiente no assunto, depois de vários dias me arrependendo por não ter carregado minha câmera comigo, decidi levá-la à tira-colo e tentei tornar alguns desses momentos vivos para sempre...

Eu sei que não são fotos da Torre Eiffel, do Big Bang ou das Pirâmides mas, talvez pela companhia que me cercava, foram momentos especiais!!!:o)

Logo que nós chegamos na cidade eu avistei uma construção antiga no alto de um morro, como nós fomos abençoados com uma semana inteira de sol, só depois de alguns dias de praia eu e o Davi resolvemos ir até o centro da cidade para dar uma olhada no que era a tal construção e descobrimos que era um antigo convento... pena que, apesar da placa na entrada dizer “Fechado para restauração”, não constatamos qualquer atividade restauradora no local e só pudemos olhar a fachada já que estava fechado para a visitação, mas, pra quem, como nós, adora coisa antiga, foi um bom passeio...

Olha a igrejinha lá no alto!!
 

Subida até o alto do morro...


Ruinas ao lado do Convento...
 
Fachada do Convento


Janela lateral do convento aberta... supostamente era para o local estar sendo restaurado...
 











Eu!!!
Aproveitamos para dar uma andada pelo centro  da cidade e visitamos o museu que, apesar de pequeno, é bem organizadinho, uma graça.

Casinhas do centro da cidade... pelo menos ali estava tudo em boas condições...


Durante a visita, nós vimos duas cenas interessantes, quando estávamos entrando no museu tinha uma família na nossa frente... pai, mãe, tia e umas quatro crianças... assim que a mulher soube que a entrada era paga ela disse “Vamos embora, eu não vou pagar pra ver coisa velha... nessa cidade tudo paga!”... o ingresso do museu era R$ 2,00!! Mais barato que uma garrafinha de água ou um sorvete... lá dentro encontramos outra família, pai, mãe e filhinho... a mãe mostrando para o pequeno a estatua do Padre Anchieta e explicando para ele quem havia sido aquele homem... posturas diferentes que certamente vão criar cidadãos diferentes, não é? Bem, ai vão as fotos...

O Museu



Vista do mosteiro de dentro do Museu
No centro da cidade também vimos essa Igreja antiga, o interior dela era muito legal, mas na visita a tarde a bateria da câmera acabou e quando voltei a noite estava tendo missa e eu não estava vestida adequadamente para entrar na missa... uma pena, perdi de fotografar!!






Gostei bastante da praia, limpa, sem muita gente, clima bem familiar... e o melhor de tudo, fiquei uma semana inteira sem ouvir a voz do Michel Teló, isso sim é que são férias!!!








Para finalizar, um dos melhores momentos... no penúltimo dia fomos jantar em um restaurante espanhol chamado La Baska, claro que isso só depois do Léo assistir Alvin e os Esquilos 3 e passar no McDonalds, afinal o pequeno é fanático por cinema, foi uma ótima semana!!!

Davi, Alê e Tata
Leozinho e seu suco de Abacaxi com Hortelã...
  
Tata, que encarou uma Caldeirada...

Eu, sempre de mal com a câmera... aguardando meu Filé de pescada branca ao molho Navarra!!! uhuuu
Obrigada Tata, obrigada Alê pela hospitalidade em nos receber em sua casa de praia!!!:o*

É gente, tô meio devagar ainda, mas são as férias... hehehe quase finalizando Queda de Gigantes, assisti vários filmes legais também... muita coisa pra comentar!!! :o)

Beijos
Fefa Rodrigues