domingo, 11 de novembro de 2012

A Menina que não sabia ler - John Rarding






"Nunca tinha visto os livros todos de uma só vez e em toda a sua glória. Quase desmaiei de tanta emoção."
                                                                                                                   - Florence -

Olá a todos!! Estava com saudades de postar aqui no blog. Ando sumida, e pela postagem anterior acho que deu para notar que estou bastante estressada, e a semana passada foi uma semana por demais cansativa. Estou necessitando de férias!!! Graças a Deus no feriado, que para mim vai começar na quinta-feira e terminar apenas na terça-feira da outra semana, vou descer para o litoral, sem celular!!! Acho que vai dar para descansar, pois o excesso de preocupações está começando a afetar minha saúde. Mas, vamos ao que realmente interessa, certo?!?! 

A Menina que não sabia ler foi um empréstimo da minha amiga Kelly - que me emprestou logo que comprou e antes de ter lido. Já tinha ouvido alguns comentários sobre o livro, mas não conhecia ninguém que já tivesse lido, então ele foi uma total novidade. Logo que vi que a história se passava em um casarão antigo, possivelmente assombrado, e cheio de mistérios envolvendo os antepassados de Florence de Giles, fiquei super interessada e a leitura foi super rápida.

Um breve resumo da história: Florence e Giles são meio-irmãos que vivem em um casarão no interior dos Estados Unidos (mas me fazia ter a sensação de que estava na Inglaterra), sem terem conhecido seus pais que haviam morrido eles apenas sabem que são mantidos por um tio, que vive em Neva Iorque, mas a quem não conhecem pessoalmente e que não tem qualquer preocupação com os dois. Por determinação deste tio, Florence, por ser mulher, é impedida de aprender a ler, enquanto Giles é enviado para um internato. A menina, porém, desde que havia entrado na grande biblioteca da mansão, que permanecia fechada e proibida, havia se apaixonado pelos livros e acabara por aprender a ler sozinha.

Florence demonstra sempre uma amor incondicional pelo irmão mais novo e sempre se preocupa com sua segurança e seu bem-estar. Além de Giles, Florence tem Theo, um amigo que vem visitá-la constantemente quando está com sua família no campo. A garota passa a vida lendo seus livros pelos cantos sombrios da casa, sem que os criados a incomodem, até que, depois de um semestre no internato, Giles volta para casa com a notícia de que não deverá continuar estudando lá e com a orientação de que o tio deverá contratar uma preceptora.

A primeira preceptora a chegar à mansão sofre um estranho acidente e morre, então, para substituí-la, chega a Sra. Taylor, e a partir dai as coisas começam a ficar estranhas, e sem que a gente consiga compreender se o comportamento estranho da mulher é real ou se tudo decorre da imaginação da garota. 

Agora minha opinião, portanto, spoilers!!!

Gostei muito do clima de mistério do livro, apesar de que, esperava um pouco mais de descrições do casarão e esperava mais fantasmas também, mas a narrativa, em muitos momentos, faz a gente prender a respiração e o coração disparar. O grande mérito, para mim, nesta história, é o clima de suspense que o autor consegue criar.

Realmente eu passei a maior parte da história deste pequeno livro - apenas 282 páginas - sem saber ao certo se tudo o que estava acontecendo estava apenas sendo imaginado por Florence, que, assim como Vincente ou como Dom Quixote, vivia mais no mundo dos livros do que no mundo real, portanto, com uma percepção equivocada da realidade. 

O raciocínio de Florence era o que mais me intrigava, a forma como ela sempre concluía pelo absurdo, mas depois me dei conta de que ela é uma criança, por isso, para ela era mais provável que a nova preceptora fosse uma "reencarnação" da antiga preceptora do que apenas uma mulher enérgica. Acontece que algumas coisas bem reais começam a apontar para o fato de que Florence pode estar certa, é por isso que não temos como ter certeza do que está acontecendo.

Assim que terminei o livro pensei que não gostei do final, mas, analisando melhor, percebi que não é que não gostei do final, mas sim, que o final me deixou com uma sensação de mal estar, afinal, só posso concluir que Florence é uma psicopata ou esquizofrênica - o diagnóstico fica por conta de alguém que entenda de psicologia. A forma como ela planeja e executa seus atos para proteger seu irmão de algo que pode ou não ser real é assustador.  

O que me chamou mais atenção em seu comportamento foi que ela derramou "uma ou duas lágrimas" tanto por pensar no cavalo passando a noite no frio, como por seu amigo Theo... essa frieza é coisa de psicopata!! Sinceramente, agora posso dizer que gostei da história, acho que daria um ótimo filme, e acredito que quem estuda psicologia iria adorar ler e analisar o comportamento da garota!!
Só mais um detalhe, acho que a história poderia bem ter uma continuação!!!

Agora, cá estou eu lendo O Inverno do Mundo, porém, como ele é meio grande e como eu odeio carregar muita bagagem nas minhas viagens, vou levar como companheiro no feriadão o Contos de Terror e de Mistério do Edgar Allan Poe.



Tá ai mais uma dica, beijos e boas leituras!!!
Fefa Rodrigue

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Os Cavaleiros de Preto-e-Branco

Demorou um pouco mas terminei Os Cavaleiros de Preto-e-Branco, meu primeiro contato com o escritor britânico Jack Whyte. O livro, que é um romance histórico, conta sobre as origens da Ordem dos Cavaleiros Templários, o que, por si só, já faz despertar o interesse dos apaixonados por cavalaria e histórias medievais.


A história se inicia na França, durante a juventudo de Hugh de Payens e sua iniciação em uma sociedade secreta, a Ordem do Renscimento de Sião, cuja finalidade é preservar uma antiga doutrina. Essa sociedade é formada unicamente por descendentes das chamads Famílias Amigas, e apenas um filho a cada geração é esoclhido, de acordo com seu caráter e capacidades itnelectuais e físicas, para integrar a ordem.

Algum tempo após sua iniciação, Hugh e seus dois grandes amigos, St. Omer e Godfried, também membros da ordem, partem para a primeira Cruzada, e, durnte as campanhas militares no oriente, principalmente a tomada de Jerusalém, se escandalizam com a violência a e abarbarie do exército cristão.

Depois de muita embramação e de muitos anos, Hugh está vivendo em Jerusalém e recebe uma missão da parte do Senescal da Ordem, ele deve, de alguma forma, iniciar uma escavação no que um dia foi o Monte do Templo, a fim de buscar os tesouros que a doutrina de sua ordem afirmam existir ali. Sem ter como fazer isso sem chamar a atenção, e aproveitando o fato de que as estradas de Jerusalém sempre são palco para a violência de bandoleiros contra os peregrinos, ele decide fundar uma Ordem de Monge Guerreiros e pede ao rei e ao Patriarca que cedam os estábulos, que ficam no monte do templo, para que sua ordem viva lá. Claro que até ele ter essa idéias, demorar, e a organização disso tudo é complicada, mas as autoridades de Jerusalém aceitam sua proposta, já que a questão da violência nas estradas era um problema que precisava ser resolvido, mas que, até então, ninguém tinha idéia de como fazê-lo.

Até aqui, tenho que dizer, o livro é bem chatinho, muito parado, muito sem vida. Não tem uma trama, digamos assim, o autor fica falando muito sobre a doutrina da ordem, a história se desenvolve apenas em torno de Hugh, sem outros personagens, e sendo ele uma pessoa tão austera, nada de muito interessante acontece na vida dele.

Além disso, senti falta de mais detalhes do cotidiano daquela época, isso é algo de que eu gosto muito no Cornwell, poque ele vai intruduzindo esses detalhes, sem que a gente perceba, o que cria o clima e faz a gente se sentir em outro tempo, mas que faltou nesse autor.

Bem, mas a coisa melhora com a chegada de St. Clair, um jovem cavaleiro que, sendo também membro da ordem, vai a Jerusalém para tomar os votos e se tornar um dos Pobres Cavaleiros de Cristo. Nessa época, as escavações já vão avançadas, e secretas, e St. Clair é um cavaleiro erudito, que vai ser essencial na busca pelo tal tesouro. 

Acontece que ele conhece a princesa Alice, filha de Balduíno II, Rei de Jerusalém... e dai a coisa começa a ficar muito interessante... no final do livro, a gente não consegue parar de ler, e, ao terminar a história, o escritor consegue despertar nossa curiosidade para a continuação. 

Eu tinha falado pra Fê, do Na Trilha, que o livro era muito chato, e ela me disse que, por isso, tinha desanimado de ler um livro do mesmo autor que ela tem... a verdade é que, de início, o livro é chato e cansativo mesmo, mas vale a pena ser presistente... ele fica legal bem depois da metade, mas me parece que esse clima vai continuar nos próximos, e eu vou continuar a leitura sim.

Então Fê, não desista da leitura do seu!!!

Agora, comecei  a ler A Menina que não sabia ler, empréstimo da minha amiga Kelly, a leitura pareceu-me bem gostosa e fácil, acho que vai ser coisa de uma semna para finalizar!!!

É isso aí, 
Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Uma nova Apaixonada por Papel

Eu não sei ao certo como tudo começou, só sei que, desde que nossas salas se juntaram - como comentei no texto Sobre Paredes e Pontes - eu conheci pessoas novas que se tornaram amigas e que me ensinaram muitas coisas e dentre estas pessoas eu conheci a Kelly. 

Então, eu não me lembro como, mas de alguma forma ela descobriu que eu amava livros e um dia  - não se se foi ela quem pediu ou eu que ofereci - eu emprestei A Sombra do Vento para ela ler. Depois foi Marina e, por fim, A Menina que Rouvaba Livros e, quando ela veio me entregar esse último livro, e antes de devolver ela se despediu dos personagens, eu percebi que ela havia se apaixonado.


Agora, ela já está pensando em seu cantinho da leitura na casa nova que ela está contruindo, para isso, ela comprou seus primeiros exemplares e quando o correio chegou com a entrega, ela veio me mostrar, abraçada aos livros. Está apaixonada, seu coração foi fisgado pelos livros, paixão que não tem volta, que é pra vida toda!! Uma vez que alguém se torna amante dos livros, esse amor não se esgota jamais, ele só cresce a cada nova página, já que é amor verdadeiro.


Beijos,
Fefa Rodrigues


Agradecimento especial à Taís, do blog La Modee, que me ajudou com as fotos, já que meu celular e eu não estávamos nos entendendo!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros – O Filme



Sexta-feira fui ao cinema ver o filme. Tinha ouvido falar do livro primeiro pela minha amiga aqui do blog, a Orquídea, que fã de história americana que é, assim que viu este livro comprou, leu e fez uma resenha que me enviou por e-mail!! Ainda não li o livro, até tentei encomendar hoje, mas está em falta... tem só na Saraiva, mas o preço está mais salgadinho, então vou esperar um pouco.

Bem, como já disse antes, eu adoro esses livros que unem acontecimentos históricos com ficção, os livros do Jô Soares são sempre assim e eu adoro. Neste caso, mesmo não sendo uma profunda conhecedora da história norte-americana, o pouco que conheço dos eventos da época me pareceram se encaixar bem com a história criada.

Abraham Lincoln, mostra seu lado desconhecido, já que, além de ter sido o mais famoso presidente norte-americano, um orador fenomenal, um homem que marcou a história, antes de ser um político importante, foi um caçador de vampiros, e tudo começou graças ao assassinato de sua mãe por um desses seres da noite.

Abe busca por vingança, e em sua primeira tentativa ele quase morre, mas é seguido de perto por Henry, um homem misterioso que, vendo que Abe levava jeito pra coisa, salva o moço de virar jantar de vampiro e decide treiná-lo, para que ele se torne um caçador. E, enquanto o jovem Abe vai matando vampiros aqui e ali, também vai se tornando um líder da causa abolicionista.

Doutro lado há um vampiro bem do mal mesmo, que tem um grande interesse na manutenção da escravidão e que se alia aos senhores escravagistas do sul, oferecendo seu exército de mortos vivos para lutar na Guerra da Secessão. Adam, o vampiro maldosão, é interpretado por Rufus Sewell e eu adorei ele no papel, totalmente diferente do bonzinho Tom Construtor de Os Pilares da Terra, confesso que ele fica muito mais bonitão sendo mal!!!

O filme é cheio de cenas de ação, tem romance e humor também, e uma coisa que me fez pensar é que grandes homens só podem se tornar o que são, quando contam com amigos fiéis, dispostos a dar a vida por eles e com uma mulher forte na retaguarda!!! 

Como já disse antes, gostei muito da forma como a história do livro foi ligada aos eventos históricos!! O filme é muito legal e tenho certeza que o livro dará uma leitura deliciosa!!

Bem, a Fê do Na trilha também fez uma resenha sobre o filme que está ótima, e ela que está lendo o livro e disse que é bem diferente da adaptação, mas também achou os dois muito bons.

Por enquanto fica a dica do filme, espero logo ter o livro!!:o) 

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Festim de Corvos



"Não há homem que realmente saiba o que pode fazer a menos que se atreva a fazer."

                                                                                                                    - Olho de Corvo -

Depois de uma temporada meio sumida, eis que retorno ao meu blog!!! Andei muito ocupada por estes últimos dias, mas só com coisas boas. Primeiro, comecei fazer minha pós-graduação e com ela veio um significativo aumento na carga de estudo diário, segundo, estava muito ocupada no trabalho mas agora já está dando uma aliviada, mas por isso é que o tempo para ler estava meio apertado - para piorar, diferente da Fê do Na Trilha dos Livros, eu não consigo ler em veículos em movimento - e ainda por cima, eu estava lendo Festim de Corvos que, como todos sabem, é um livro longo. Mas enfim, estou de volta!! Então, vamos ao que interessa. 

Eu comecei a leitura de Festim de Corvos ainda na "pilha" de toda a emoção de Fúria dos Reis, quem já leu esse que é o terceiro volume da série Crônicas do Gelo e Fogo sabe que dificilmente um livro consegue concentrar tantas emoções. Não quero fazer spoiler aqui, mas preciso dizer que o Casamento Vermelho me deixou perplexa, assim que li sobre aquilo tive que parar um pouco e digerir todos os acontecimentos, em seguida fui mandar uma mensagem para a Fê - aquela do Na Trilha - dizendo como aquilo tinha "me afetado".

Bem, foi nesse clima que peguei Festim para ler e fiquei ainda mais empolgada com o que diz a contra-capa do livro "os jovens lobos continuam em busca de vingança", então, acreditei que esse quarto volume teria mais carnificna que tudo o que Cornwell já escreveu. E, acredito que por essa expectativa, a princípio, o livro me pareceu um "balde de água fria".

É que neste volume não vemos batalhas, vemos mais as intrigas da corte e os acontecimentos que vão bem além das garras do Trono de Ferro e, apesar dessa pequena decepção inicial, o livro continua tão bom quanto os demais. 

Cuidado que a partir daqui podem haver spoilers!!!

Quem me chamou mais atenção desta vez foi a Cersei. Completamente desiquilibrada, tomando decisões estúpidas e perdendo o controle do vinho, ela demonstra que não tem a mínima condição de ser a Rainha Regente e na ânsia de proteger seu filho, ela tem cada vez mais enfrquecido o reinado do pequeno Tommem.

Eu gostei especialmente da Ariane, princesa de Dorne. Apesar de sua tentativa frustrada de golpe, eu acho que ela vai ser uma personagem de quem eu vou me tornar fã. Aliás, no início eu tinha a mesma impressão com a Aisha - irmã do Theon -, mas apesar de eu ter achado o discurso dela fantástico na "assembléia" dos homens de ferro, acredito que ela pecou por não conhecer de fato a essência de seu próprio povo. Ela nunca iria convencer homens tão duros por meio de um discruso tão racional, e como a Fê me previniu, não teve muita graça, confesso que esperava bem mais dela.

Voltando a Dorne um pouco, o que vocês me dizem dos planos do pai de Ariane (equeci o nome dele)? Na hora em que ele disse que apessoa a quem ela estava prometida em casamento foi morta por uma coroa de ouro derretida eu achei demais!! Aliás, ninguém está em segurança em Westeros mesmo, e aqueles que acham que a sede por vingança já se apagou, estão totalmente enganados... bem que se diz que a vingança é um prato que se come frio. Os Lannisters um dia terão realmente que pagar todas as suas dívidas. 

E depois de ler sobre os planos dos dorneses, fique pensando como o "principe pedinte" foi infeliz, heim!! Tinha praticamente nas mãos a chave para voltar para Westeros e se ferrou (com perdão da expressão, mas foi isso mesmo). Não sei se ele sabia que estava pretendido a Ariane, não sei se essa parte será explicada, mas a profecia não poderia ser desfeita não é?! E falando em profecia, pobre Cersei, acreditou que poderia enganar o destino!! Se ela conhecesse as palavras de Merlin saberia que o destino é inexorável!!

Durante todos os livros da série sempre tive uma queda especial pelos personagens secundários - Kal Drogo, Jaqen - e agora estou apaixonada por Victarion, para mim ele é tudo de bom, se o Theon tivesse convivido com a família talvez fosse um pouco mais espero (Desculpa ai Fê, mas você sabe que eu não sou fã do moço!!). Espero que ele continue nos próximos volumes, porque estou esperando o retorno do Jaqen e até agora nada!!

Este livro também mostra o ponto de vista de Sam, em sua longa viagem até Vilavelha, e não acreditei no que Jon Snow teve coragem de fazer, mas entendo que ele fez o que deveria ser feito - como diria o tio do Homem Aranha, grande poderes trazem grandes responsabilidades, e se Senhor Comandante da Patrulha da Noite não é coisa fácil e as decisões a serem tomadas não são simples. Sobre Sam, ele continua se achando um covarde, mas há alguém mais confiável do que ele nesse livro?!

Quanto a Arya, a princípio tive muito dó dela, de estar tão longe de casa, e passar por tantas privações, mas acho que era exatamente o que ela queria, ser livre, viver livre e com certeza ela está sendo preparada para algo grandioso. 

Bom, Brienne e Jaime também nos mostram um pouco dos acontecimentos a partir de seu ponto de vista e eu admiro a coragem e a persistência dela, também vemos que ela passou por maus bocados devido ao seu jeito diferente de ser, mas o que eu gosto nela é que ela não se tornou uma pessoa amarga apesar de tudo. E Jaime, bem, desde o terceiro livro que a gente já pôde ter uma visão mais humanizada dele, e sinceramente eu acredito que ele ame a Cersei, mas ela não o ama na mesma proporção e apesar de todos verem o Regicida como uma pessoa destituída de honra, ele fez tudo que podia para mantes a palavra dada a Catelyn Stark, além disso, demonstrou ser um ótimo estrategista... com certeza ele seria um Rei muito melhor do que a irmã está sendo.

Outra coisa que eu gosto é o laço se amizade que se cirou entre a Brienne e Jaime, como um respeito e admiração mútos, mesmo sendo eles tão diferentes.

Só mais um detalhe, achei muito interessante as palavras do Meistre Aemon, quando estava às portas da morte, as indagações que lhe passavam pela cabeça sobre o que iria no porvir, se era eles que estavam certos ao acreditar nos Sete ou se estavam certoas aqueles que acreditavam que após a morte eles cavalgariam com as estrelas, ou ainda aqueles que acreditavam no banquete nos salões do deus afogado. Gostei especialmente deste trecho.

Na realidade, acho que sobre essa série não há muito o que se falar no sentido de repetir que ela é ótima e que Martin nos surpreende a cada novo livro, e isso é incrível, como ele consegue a cada novo volume incitar nossa imaginação e nosso desejo de saber o que ainda vai acontecer. São 4 volumes que juntos passam de duas mil páginas, e a gente não se cansa, e ele não se repete e sempre abre novas portas e novas possibilidades na história. O cara é realmente um fenômeno!!!

Bom, como eu disse, agora estou lendo Os Cavaleiros de Preto e Branco, ainda não deu para "sentir" bem a história, o livro também é longo e e amos ver se ele me cativa tanto quanto os demais romances históricos que eu já li.

Agora chega, que já escrevi demais.

Beijos e boa leitura, 
Fefa Rodrigues


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Amor Feinho

Amor Feinho

Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.

                                  - Adélia Prado -

Não morri gente, só super ocupada!!
Em breve comentários de nossa leitura conjunta!!
 
Beijos,
Fefa Rodrigues


segunda-feira, 16 de julho de 2012

O Prisioneiro do Céu – Zafón

Há algo de muito próximo entre Zafón e Gabo. Eu sei que, especialmente para aqueles que tem um conhecimento técnico do assunto, uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas, para mim, a mesma sensação de entrar em um mundo próprio acontece quando leio as obras destes dois escritores. Eu acredito que seja pela forma com que suas histórias são sempre repletas dos “absurdos da vida” de modo a tornar a realidade das pessoas um tanto mágica. Para mim, estes dois escritores conseguem ver a magia que há na vida comum.



A capa de O Prisioneiro do Céu diz que se trata da continuação de A Sombra do Vento, mas os comentários iniciais dizem que, apesar de as três histórias – O Jogo do Anjo, A Sombra do Vento, e O Prisioneiro do Céu – estarem interligadas, elas podem ser lidas separadamente e em qualquer sequência.

Acima eu coloquei os livros na ordem cronológica em que as histórias se passam, mas eu li A Sombra do Vento primeiro (e me apaixonei perdidamente por Zafón), depois li O Jogo do Anjo e agora O Prisioneiro do Céu, e acredito que esta seja a melhor sequência para se fazer a leitura porque lendo A Sombra do Vento (e relendo diversas vezes como eu fiz), a gente passa a conhecer melhor essa Barcelona cheia de mistérios, seus personagens tão apaixonados por literatura quanto nós e lugares míticos como O Cemitério dos Livros Esquecidos. Assim, acredito que a leitura dos outros dois livros acaba sendo mais proveitosa já que estamos muito familiarizados com os personagens e lugares por onde vamos andar se lermos primeiro A Sombra do Vento.

Bem, O Prisioneiro do Céu é um livro pequeno, são apenas 246 páginas nas quais vamos acompanhar Daniel Sempere, agora casado com sua amada Bea, trabalhando tranquilamente na livraria da família em companhia de seu pai e de seu bom amigo Fermín que está prestes a se casar com Bernarda. São vésperas de Natal e Daniel está sozinho na loja quando uma estranha figura entra no lugar e pede para ver o livro mais raro da livraria, uma edição de luxo de O Conde de Montecristo.

Daniel percebe que o cara não é exatamente alguém apaixonado por livros, mas que aceita pagar a estrondosa quantia de 35 pesetas pela obra, então ele se vê obrigado a vender o livro. O homem então faz uma estranha dedicatória no livro e diz para Daniel fazer a entrega. A dedicatória dizia:

Para Fermin Romero de Torres,
que retornou dentre os mortos
e tem a chave do futuro. 13”

Assim é que, com a aparição daquele fantasma de seu passado Fermín tem que contar para Daniel que, na verdade, a vida deles está ligada desde muitos anos antes, desde uma promessa feita a David Martin (personagem de O Jogo do Anjo) envolvendo a mãe de Daniel e o sinistro passado de Fermín nas prisões de Franco.

O livro segue o mesmo estilo dos anteriores, cheio de frases pra gente grifar, com aquele cinismo ótimo do Fermín e o jeito doce e meio abobado de Daniel. Na realidade, me pareceu mais uma preparação para o que está por vir. Como eu disse acima, é uma história curta que fecha alguns “buracos” que ficaram abertos nos outros dois livros. E cria alguns outros mistérios.

Sinceramente, só vai gostar deste livro quem leu os outros dois, então minha dica é se você ainda não leu Zafón, NÃO comece por este. Se você já leu A Sombra do Vento, então leia O Jogo do Anjo e você então não vai resistir à leitura de O Prisioneiro do Céu, além disso, vai perceber, porque o autor deixa isso bem claro, que as histórias de Daniel Sempere estão apenas começando.

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

PS: Hoje começamos a leitura conjunta de Do Amor e Outros Demônios, todos estão convidados!!!





quinta-feira, 12 de julho de 2012

Morte dos Reis

Ôh! Coisa Boa!!! Comprar livros... poucas coisas são tão prazerosas!! Na terça fui ao shopping com o Davi e entramos numa livraria "só pra olhar", afinal, tínhamos prometido não comprar nada novo até que eu lesse o que está me esperando na estante, mas... como resistir ao novo livro da série Crônicas Saxônicas do Bernard Cornwell??


Então, ele veio pra casa...e agora Uhtred está ali na minha estante, aguardando pra contar mais um pouco de sua hitória e de suas infindáveis lutas!!


Diz, ai... dinheiro mais bem gasto, né não?!?!

Beijos,
Boa leitura...
Fefa Rodrigues

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Historiador - Elizabeth Kostova

Termino este livro com aquela sensação de deixar um bom amigo para trás. Um livro que eu amei, me apaixonei totalmente e que foi dica da minha amiga aqui do blog, a Orquídea, quando eu pedi sugestões de literatura vampiresca.


Eu nunca tinha lido nada sobre vampiros, apesar deles estarem bem na moda atualmente, então, comprei este livro imaginando algo tio Crepúsculo ou Fallen (séries que eu ainda não li), mas fui surpreendida por algo de muito mais conteúdo. Acredito que um livro que tem tudo para se tornar um clássico ao melhor estilo Entrevista com Vampiro ou Drácula.

A história começa quando uma garota americana, que vive em Amsterdã com seu pai que trabalha na diplomacia, encontra na biblioteca de sua casa um livro estranho, feito de pergaminho muito antigo e que não tem nada escrito em suas páginas, exceto pelo desenho de um dragão bem no centro. Junto daquele objeto estranho, a menina encontra cartas datadas da década de 30, estranhamente endereçadas a “Meu desafortunado sucessor”. Depois de ler aquelas cartas, a garota fica intrigada e cria coragem para perguntar a seu pai o que tudo aquilo significa.

O pai, Paul, decide levar a filha a algumas de suas viagens de trabalho, e eles andam por várias cidades europeias visitando mosteiros e castelos medievais, e a cada parada seu pai conta um pouco sobre seu professor e orientador de doutorado, Bartolomeu Rossi, que um dia, assim como ele, encontrou (ou foi encontrado) por um daqueles estranhos livros e para onde suas pesquisas o levaram até seu misterioso desaparecimento.

E é assim que, a partir das cartas de Rossi, contando sobre suas pesquisas nos anos 30 e depois pela narrativa de Paul, sobre suas próprias buscas na década de 50, nós vamos conhecendo toda a história real de Vlad Tepes III, soberano da Valáquia, e mais conhecido como Drácula, o Empalador.

Eu gostei especialmente da parte em que Paul e sua amiga Helen começam a realizar a pesquisa juntos, seguindo pistas como livros antigos, panfletos medievais sobre vampirismo, lendas e canções folclóricas eles buscam encontrar a localização da tumba de Drácula que não é o Lago Snagov como todos acreditam ser. Para quem ama história e adoraria visitar bibliotecas esquecidas em mosteiros da Idade Média e olhar e tocar manuscritos medievais, esta livro é perfeito (Ah!!! Se eu ainda fizesse Caças ao Tesouro em nossos carnavais!!!).

O livro me lembrou – em partes – o livro O Código Da Vinci, por esta questão de pistas escondidas na história e em seus símbolos!!

Então ai é que foi minha surpresa, é verdade que durante essa busca acadêmica, eles acabam descobrindo que a existência dos mortos-vivos não é apenas uma lenda de pessoas simplórias dos remotos campos da Europa oriental, mas uma realidade que os persegue por suas andanças por Istambul, Hungria, Bulgária e Romênia e até pelas modernas ruas dos Estados Unidos, mas o foco da história são as questões históricas, as lendas envolvendo Drácula e quem foi esse realmente esse homem que, seja pela lenda, seja pelos feitos, se recusa a morrer.

Não há vampiros por todos os lados querendo morder jovens inocentes, mas há uma constante presença do mal que chegou a me dar calafrios. E no fim a gente acaba por descobrir que temos um lado em comum com Drácula!!:o)

Um livro que eu indico totalmente, para quem gosta de vampiros e para quem gosta de um romance muito bem escrito, uma narrativa deliciosa e um ótimo mistério a se resolver!!! (E que me fez pensar o tempo todo “porque, afinal de contas, eu fiz Direito e não História?”).

Beijos e boa leitura!!!
Fefa Rodrigues


PS: Ontem, eu estava em uma livraria no shopping comprando Morte dos Reis, sexto livro da série Crônicas Saxônicas do Bernard Cornwell, quando ouvi uma mocinha falando com a vendedora. Ela queria um livro de vampiros, mas tudo o que tinha na livraria ela já tinha lido. Então, interrompi a conversa delas e falei sobre O Historiador, disse que era sobre o Drácula e que era muito bom, e ela se interessou e resolveu comprar. Sai de lá com uma sensação boa, a de perceber que nossa paixão por livros, diferente da maioria das paixões, tem a capacidade de criar laços entre as pessoas!!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cora Coralina

Poeminha Amoroso

Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo... 

                                             Cora Coralina 

Doce como açúcar, não é?
Beijos,
Fefa Rodrigues 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Adélia Prado

Para começar bem a semana, nada melhor do que um pouco de assombro nas palavras de Adélia Prado.


Um dia,
como vira um navio
pra nunca mais esquecê-lo
vi um leão de perto.
Repousava
a anima bruta indivídua.
O cheiro forte, não doce,
cheiro de sangue a vinagre.
Exultava, pois não tinha palavras
e não tê-las prolongava-me o gozo:
é um leão!
Só um deus é assim, pensei!
Sobrepunha-se a ele
um outro animal
radiando na aura
de sua cor maturada.
Tem piedade de mim, rezei-lhe
premida de gratidão
por ser de novo pequena.
Durou um minuto a sobre-humana fé.
Falo com tremor:
eu não vi o leão,
eu vi o senhor.

                                                  Adélia Prado

Boa semana a todos...
Beijos,
Fefa Rodrigues

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Fantasma de Canterville

Quando li O Retrato de Doryan Gray fiquei um pouco decepcionada, como comentei aqui no blog, pois, apesar de toda vontade que tinha de ler este clássico, não gostei muito da história nem da forma como ela é narrada. Não gostei do personagem principal, na realidade, não gostei de nada. Estes meus comentários geraram certa revolta por aqui e, inclusive, um comentário anônimo me chamado de estupida

Desde então, não li mais nada de Oscar Wilde até que, procurando sobre histórias de fantasmas e casarões antigos (coisa que eu adoro), descobri este pequeno livro que conta a história de uma rica família norte-americana que compra a propriedade de Canterville, na Inglaterra, um enorme casarão que, além de decorado ao estilo vitorino, é assombrado pelo fantasma de Simon de Canterville, um dos ancestrais proprietários do local, que assassinou sua própria esposa na biblioteca de depois desapareceu.

O Sr. Otis, embaixador norte-americano comprou a casa ciente da existência do fantasma e se mudou para lá com sua família. Assim que a familia chegou, o fantasma iniciou suas atividades e é aí que começa a parte engraçada. Na primeira noite, quando o fantasma anda pelos corredores arrastando suas correntes, o Sr. Otis abre a porta do quarto e, com toda a praticidade, oferece ao fantasma um produto para lubrificar suas correntes, para que elas não façam tanto barulho... e assim as tentativas do desventurado fantasma de assombrar a família tem inicio... mas, na verdade, quem aterroriza o pobre coitado são os filhos do Sr. Otis.

O tal fantasma sofre horrores nas mãos dos gemeos e do menino mais velho, chegando a ficar mais assutado do que poderia pensar em assutar!! Praticamente um fantasma em depressão... até que uma amizade florece entre ele e a a filha mais nova do embaixador, a jovem Virgínia.

É interessante a diferença com que o autor molda os personagens que são norte-americanos, modernos, pragmáticos, sem qualquer interesse pelos costumos antiquados e pelos ideiais medievias e, de outro lado, os personagens ingleses, cheios de seus modos rebuscados e cavalheirescos... e como uuns menosprezam os outros por estes modos!

Adorei o livrinho. Muito fácil e gostoso de ler.

Bem, depois de não ter gostado muito de O Retrato de Doryan Gray, este texto, apesar de bem pequeno, me agradou bastante!!!

Beijos, bom fim de semana, com muita leitura, cinema e comida gostosa!!!
Fefa Rodrigues





Dança dos Dragões

Recebi hoje um e-mail das Lojas Americanas anunciando a pré-venda do livro Dança dos Dragões, por R$ 44,90, com prado de entrega de 53 dias. Já comprei o meu... e pra todo mundo que estava esperando anciosamente a continuação da saga... o preço bem legal!! 




O duro é esperar 53 dias...

Beijos,
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 10 de maio de 2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Para viver um grande amor

Gente, eu nunca li um texto tão perfeito. Eu acho inscrível como os poetas conseguem captar detlhes da vida e torná-los poesia: 

Para Viver Um Grande Amor

                                                                      - Vinicius de Moraes -

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso - para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... - não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro - seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada - para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade - para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô - para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito - peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista - muito mais, muito mais que na modista! - para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs - comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto - pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente - e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia - para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que - que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.


Beijos...
Fefa Rodrigues.

 

A Menina que Roubava Livros

Já faz muito tempo desde a última vez que um livro me fez chorar. Uns 15 anos. Ontem, chorei outra vez.


Engraçado que demorei tanto para ler esse livro. Lembro-me de quando ele estava sendo super comentado e minha sobrinha o ganhou. Apesar de gostar muito de histórias da II Guerra, não quis ler, em grande parte, porque a Dani me disse que o livro era chato. No sábado, perguntei para ela a razão daquela opinião, e ela me disse que não gostou da forma como a história era narrada, com aquelas pausas, frases curtas e a Morte, a narradora, contando antes o que aconteceria apenas no fim.

Para mim, esta forma diferente de escrever foi o único detalhe que desagradou. A história é extremamente tocante e das histórias passadas durante a II Guerra que eu já li, foi a melhor. Uma história narrada pela Morte, eu ainda não tinha visto. 

Uma história passada durante a guerra, mas que tem seu foco não em um campo de concentração, ou num esconderijo sujo, não no front de batalha... mas em uma ruazinha com nome de céu, em um bairro pobre, numa pequena cidade alemã.

Liesel é uma garota de 11 anos sendo levada para um lar adotivo. No caminho, seu irmão morre e, durante o enterro, ela comete seu primeiro roubo. Um livro derrubado na neve. Logo pensei que o lar adotivo seria aquele modelo padrão de sofrimento e maus-tratos. Mas não. Seu pai adotivo a ensina a ler, e assim começa sua relação de amor com os livros. No decorrer da história, ela vai roubar vários outros livros, e estes serão seu maior tesouro.

O livro é cheio de cenas do dia-a-dia dos moradores da Rua Himmel e de momentos marcantes.Tenho certeza de que nunca vou esquecer algumas coisas como a Morte dizendo que “tem aquela questão das 40 milhões de almas que eu levei, mas isso já está virando um eufemismo”. Ou quando Max pintou as páginas de Mein Kampf e sobre a tinta, e mais ainda, sobre as palavras de ódio, escreveu a história da amizade entre um judeu e uma menina alemã. Quando Liesel e Rudy deixaram migalhas de pão espalhadas pelo caminho dos prisioneiros judeus, e claro, quando Liesel lia enquanto estavam no abrigo durante os bombardeios.

Durante a leitura me lembrei de um texto da Lya Luft que li há tanto tempo. Ela dizia que "somos anjos montados em porcos". Esse livro me fez pensar e repensar essa frase. Realmente, os seres humanos são capazes de enormes atrocidades e de gestos de grandeza. 

E então eu chorei. 

Já disse aqui que, quando algo me toca demais, tenho dificuldade em expressar esses sentimentos. Esta é a resenha mais difícil que eu já fiz, porque ainda há um nó na minha garganta após o fim da leitura, e as lágrimas, enquanto eu escrevo, embaçam meus olhos.

Então, para nós que amamos os livros, esta é uma história linda, de amor, amizade e de como os livros podem ser redentores!!!

Beijos,
Boa leitura...
Fefa Rodrigues

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Algo sobre As Crônicas do Gelo e Fogo

Quem é fã de alguma série, assim como eu, adora todas as novidades que econtra sobre o assunto, não é? Eu sou assim com Nárnia, com Harry Potter, com O Senhor dos Anéis e, é claro, com As Crônicas do Gelo e Fogo.

Hoje, estava dando uma olhada no blog As Crônicas do Gelo e Fogo e vi a dica de um site com imagens da série. Adorei e indico. Para ver, clique aqui!!!

A imagem que mais gostei foi essa ai embaixo. Se você leu minha resenha sobre Guerra dos Tronos sabe que o meu personagem preferido foi o Khal Drogo, apesar de ser um dos personagens secundários que sequer teve seu ponto de vista, mas eu gostei muito dele!!!

Agora ele cavalga com as estrelas!!



Para os fãs, mais uma opção!!! :o)

Beijos,
Fefa Rodrigues

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cinco livros para a vida toda!!

A minha querida amiga Orquidea sugeriu que eu convidasse todos os frequentadores do blog a listar quais os cinco livros que cada um gostaria de ler e reler pela vida toda... então, se você tivesse que escolher apenas cinco livros para levar com você pelo resto da vida, quais você escolheria??

A minha lista seria essa:

1. Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marques
2. Do Amor e outros demônios - Gabriel Garcia Marques
3. A Sombra do Vento - Zafon
4. Os Miseráveis - Vitor Hugo
5. A Busca do Graal - Bernard Cornwell (tudo bem que aqui são três livros, então a soma sobe para 7 livros... mas vou considerar a série como um só!!!)




Desta lista, os três primeiros, eu já lis várias e várias vezes... e com certeza lerei outras tantas vezes... então, estes seriam os cinco que carregaria comigo para sempre... e para você, quais seriam os cinco livros para a vida toda???

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Condenado - Bernard Cornwell

Mais um livro desse que é um dos melhores escritores que eu conheço e, outra vez, não decepcionou!!! O único defeito é que poderia ser mais longo, porque os personagens são ótimos... é uma pena que tenhamos apenas 318 páginas de sua companhia.

O livro conta a história do capitão Sandmam, um ex-oficial do exército, que após a Batalha de Waterloo volta para casa agora, mas agora com sua rica família em desgraça, já que seu pai, depois de perder toda a fortuna da família, se matou e deixou, além de todas as dívidas a serem pagas, uma a filha e uma esposa sob a responsabilidade do capitão que, para mentâ-las, "vende" sua patente no exército e com o dinheiro instala mãe e irmã no campo, enquanto vai para Londres tentar arranjar a vida.


Mas Sandmam é ex-soldado, nunca foi treinado para outro ofício, então só lhe resta ganhar alguns trocados como jogador de críquete. No desenrolar da história, também ficamos sabendo que o capitão era noivo de uma rica herdeira, Eleanor, por quem ele é apaixonado, mas que, ao ficar pobre, teve o compromisso rompido. Acontece que ele ainda gosta dela, e ela também gosta dele.

Tentando sobreviver em Londre, Sandmam passa a viver em uma taverna da pior espécie, onde conhece Sally, uma garota linda e esperta, que vai ser uma de suas aliadas na aventura que está por vir, quando o capitão é contratado para rever um caso de assassinato. Acontece que ele tem apenas uma semana para descobrir quem é o verdadeiro assassino da Condessa de Averbury, antes que o suposto assassino, Corday, seja levado ao cadafalso.

Sandmam, apesar dos pesares, é um homem justo e honrado, que a princípio deveria apenas conseguir uma confissão confirmando a culpa de Corday, e com ganhar em um dia o pagamento de um mês, mas, após a primeira conversa com o pobre pintor condenado, ele percebe que há algo errado com aquela condeção e não vai aceitar uma injustiça. A partir daí, Sandmam começa a investigar o assassinato, envolvendo um misterioso clube de lordes - Clube Serafins - e seus ricos e poderosos membros.

Não vou contar mais, pois como disse, a história não é longa, mas é muito legal, e tem até uma participação especial do Robin Hood. Mais uma vez aconselho a leitura, vale a pena e queria mesmo é que a história tivesse uma continuação!!!

Este foi mais um livro que li em conjunto com a amiga Orquidea, e estou considerando uma experiência bem legal... acho que é a essencia daqules "clubes do livro" que vemos nos filmes norte-americanos... é muito bom ir trocando impressões durante a leitura, com alguém que também está lendo a mesma obra (Orquidea: espero que possamos continuar fazendo isso... você precisa sugerir alguma outroa leitura!!!).
Agora, decidi ler A Menina que Roubava Livros, já que é um livro que foi muito comentado e que, não sei porque, até agora não tinha me interessado... mas como não dormi nada durante essa noite, resolvi pegá-lo pra ler... enquanto isso aguardo a chegada de O Cemitério de Praga!!!

Beijos e boa leitura;
Fefa Rodrigues.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

As Esganadas – Jô Soares

Logo que vi que o Jô havia lançado mais um livro – As Esganadas, fiquei super interessada. Encontrei o livro por R$ 19,90 no Submarino e claro que comprei na hora. Li rapidinho, cinco ou seis dias, aproveitando o feriado prolongado - adoro ler até não aguentar ficar com os olhos abertos, e pude fazer isso neste fim de semana!!

Este livro segue a mesma receita de O Xangô de Baker Street e de Assassinato na Academia Brasileira de Letras, mas não como faz o Dan Brown. O Jô, assim como o Zafon, usa os mesmos ingrediente neste três livros – ambientação histórica, um serial killer e personagens  que fazem um certo tipo –  mas o sabor é completamente diferente em cada um deles!!

A história narra uma série de assassinatos, que se passam no charmoso Rio de Janeiro dos anos 30, durante o Estado Novo, rodeados de personagens e acontecimentos reais como o famigerado Filinto Muller e Getúlio Vargas, a tentativa de golpe integralista e a participação do Brasil na Copa de 38, sempre tendo como pano de fundo os lugares mais famosos da cidade maravilhosa, além dos ecos dos acontecimentos na Europa que chegam até o Brasil.

O traço comum das vítimas assassinadas é que todas elas são extremamente obesas, fora isso, nada liga as pobres mulheres que são mortas por asfixia, já que são obrigadas a comer quantias enormes de refinados pratos portugueses, motivo pelo qual a imprensa pelida a série de assassinatos de O Caso das Esganadas. Mas, para o leitor, não há mistério sobre quem é o assassino, já que, logo no primeiro capítulo, somos apresentados à Caronte o rico dono da funerária Estige - Jô e seu delicioso sarcasmo – a maior empresa funerária da América do Sul.

A loucura de Caronte, um homem extremamente magro e apaixonado por música clássica vem de sua relação doentia com sua mãe – a quem o maluco também matou, uma mulher extremamente gorda que criou seu filho de forma rigorosa e que, além de não deixá-lo comer os deliciosos quitutes que ela fazia, já que não queria que ele também fosse gordo, o proibiu de realizar seu sonho de tornar-se músico. Caronte quer se vingar de sua mãe em cada mulher gorda que ele encontra.

Investigando o caso, o quarteto formado pelo delegado Noronha e por seu ajudante Vavá Calixto, por Tobias Esteves, ex-oficial de polícia de Lisboa, a quem o próprio Fernando Pessoa dedicou um de seus poemas – O Esteves sem metafisica –, e que, depois de afastado do cargo após se envolver em um falso suicídio, vem ao Brasil onde se torna um rico empresário, proprietário da rede de restaurantes Regalo Luso e, para completar o time, a bela jornalista Diana – a química entre estes personagens é ótima.

O legal dos personagens do Jô é que eles são como os personagens que ele criava para TV, são um “tipo”, então fica muito fácil imaginar seus trejeitos, sua forma de falar e sua aparência, e neste livro em especial, eu me afeiçoei bastante aos personagens. Alíás, apesar de eu ainda achar que O Homem que Matou Getúlio Vargas é o melhor dos livros do Jô, os personagens desta trama foram meus favoritos dentre os personagens que de seus livros.

Outra coisa é que, mesmo a gente sabendo quem é o assassino desde a primeira página, o livro não perde a graça e o suspense fica sempre no ar. Um livro, muito legal, bem divertido mesmo... certeza de muitas risadas!!

Ah, só uma coisa, outro dia me disseram assim “pra você todos os livros são muito bons”, numa imitação e critica ao meu jeito de falar, então, me lembrei do que eu disse para o Nerito semana passada e de algo que eu já falei aqui. Bem, eu não sou especialista em literatura, não sou formada em letras, alíás, diga-se de passagem, sou advogada, mas eu AMO ler, eu gosto dos livros e é claro que um ou outro não me agradam totalmente mas, via de regra, eu falo bem de todos os livros que leio, mesmo porque, tento não ser critica demais com estes que são, quase sempre, meus únicos companheiros durante a semana!!! Então, eu só vou falar que não gostei de um livro e que não vale a pena ler, quando eu não encontrar nada que valha a pena nele...

Então, fica mais uma dica...

Beijos e boa leitura.
Fefa Rodrigues

PS: agora estou lendo O Condenado, do meu querido Bernard Cornwell!!!


segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Discurso Secreto - Tom Rob Smith


Engraçado algumas memórias que a gente guarda, não é? Me lembro tão bem de uma certa vez, eu ouvi minha irmã mais velha falando com a minha mãe sobre algo que a professora de literatura dela havia dito em sala depois de terem lido Memórias Póstumas de Braz Cubas. A tal professora havia dito que o mais importante de se ler um romance, um livro, era seu poder de despertar nosso interesse para os assuntos sobre os quais ele trata, um livro é, na verdade, uma porta que se abre para mais conhecimento.

 
Concordo com o que disse a tal professora há tantos e tantos anos. Eu também já disse antes que, para mim, parece mais fácil aprender sobre história a partir dos romances históricos que eu leio. E assim é que lendo O Discurso Secreto eu percebi que, fora um ou outro documentário que assisti, não sei muito sobre a fase em que a Rússia tornou-se a União Soviética e em que o culto a Stalin e a devoção ao Estado faziam o medo tomar conta da vida das pessoas.

Parece ser uma constante essa situação de, para estar “bem” com o poder dominante, a denuncia de vizinhos e amigos fossem uma realidade. Já li sobre isto durante a Inquisição, durante o Nazismo e agora percebi que esta também era uma realidade durante o comunismo na União Soviética.  

Quanto ao livro, ele narra à história de Liev, um ex-agente da MGB, organização que deu origem à KGB, que depois de anos trabalhando na polícia política, busca uma vida longe das prisões arbitrárias e da violência que era empregada pelo regime contra aqueles que eventualmente não simpatizassem com o regime comunista ou que, mesmo inocentes, eram denunciados e, sob tortura, acabam por confessar qualquer coisa.

Agora, trabalhando num departamento que investiga homicídios, Liev começa a investigar as mortes de seus antigos colegas de trabalho, ao mesmo tempo em que tudo aquilo em que os russos foram obrigados a acreditar, começa a ruir à medida que o discurso de Nikita Kruschov proferido no 20º Congresso Internacional do Partido Comunista, reconhecendo os excessos cometidos durante os anos do culto à Stalin, vai se disseminando pelo país.

Aos poucos, vamos percebendo que os crimes estão ligados a um caso em que Liev participou, durante seu passado na MGB e que agora, sob uma nova ordem que parece nascer, volta para cobra seu preço e Liev tem que acertar sua dívida com o passado para salvar sua própria família.

A história tem um ritimo deliciosos, e a cada página a idéias de mocinhos bandidos se confunde e quando parece que tudo segue em um sentido, as coisas mudam completamente, quando parece que a gente já sabe o que vai acontecer, toda emoção e mistério se renovam. Amei o livro!


No início, me lembrou Queda de Gigantes pela forma como a história é narrada! Adorei o modo como o autor nos apresenta àquela realidade sofrida vivida pelo povo russo durante o auge do governo de Stálin. É um daqueles livros que a gente tem que se obrigar a parar de ler, senão passa a madrugada toda com os olhos grudados nas suas páginas. Tem um ritmo intenso de suspense, e personagens apaixonantes.
  
Ah! Este foi o primeiro livro que eu li em conjunto com uma amiga que conheci aqui no blog, a Orquídea!!! Foi uma experiência interessante e é sempre bom ter alguém para conversar sobre o livro e trocar opiniões já durante a leitura!!!

Este eu super indico!!!

Eu gostei tanto do escritor e do livro que até ia emendar a leitura de Criança 44, mas pensei melhor e minha próxima leitura será As Esganadas, do Jô Soares, para rir um pouco depois de tanto sofrimento!!!

Beijos e boa leitura...
Fefa Rodrigues

segunda-feira, 26 de março de 2012

O Grande Gatsby – F. Scott Fitzgerald


Eu não me lembro se foi em Downton Abbey ou se foi em Queda de Gigantes, mas sei que certa vez vi uma cena em que os personagens estavam jantando e um deles disse que sendo eles pessoas da nobreza, não se esperava deles que fizessem qualquer coisa, ou seja, as demais pessoas não poderiam nem queriam vê-los trabalhando. Isso acontecer seria mudar a ordem natural das coisas o que traria "instabilidade social".

Me lembrei disso enquanto lia as primeiras páginas de O Grande Gatsby. Enquanto Nick, o personagem que narra a história, participava de um jantar na casa de Dayse, junto com seu esposo Tom e sua amiga Jordam, os quatro, jovens, bonitos e ricos, com suas vidas sem motivação, sem razão e sem objetivos a serem alcançados, mal conseguiam manter uma conversa. A não ser por Nick, os demais eram vazios.    


Um pouco sobre a história: Nick, que, como eu disse ali em cima, é o narrador da história, ao chegar à Nova York, passa a viver em uma pequena casa em uma vizinhança de ricas mansões. Ao lado da sua casa, uma mansão se destaca, enorme e bela, de frente para o mar, a casa de Gatsbay, um jovem milionário e misterioso, que dá maravilhosas festas todas as noites, regada sempre à tudo do bom e do melhor que o dinheiro pode comprar e freqüentada pelos ricos e pelas celebridades do cinema. As pessoas desconhecem a origem de sua fortuna, e por isso pairam inúmeras histórias sussurradas entre seus convidados sobre o passado do anfitrião.

Exatamente do outro lado do estreito, vive Dayse, prima de Nick, e Tom, seu esposo. Dayse é linda, rica e fútil. Tom é um ex-esportista de uma família milionária, bonito, forte, mas que tem a cabeça apenas em seus cavalos e vive lendo livros com teorias sobre superioridade racial branca. Dayse não é feliz. Apesar de ter tudo, sofre com a infidelidade de seu marido e vive uma vida vazia.  

Apresentados a estas duas situações, observamos a história seguir de um jeito estranho. Em alguns momentos eu tinha a impressão de que estava observando a cena através de névoa, como se minha mente estivesse entorpecida ou, como se eu conseguisse captar apenas algumas das coisas em um acontecimento completo. Enquanto lia as conversas dos personagens nas badaladas festas de Gatsby, conversas que pareciam não ter sentido, era como se eu tivesse a mente alterada pelo álcool. 

Acho que o Leo vai combinar com o personagem
No decorrer da narração parece que a vida de Dayse e Tom e a vida de Gatsbay não tem qualquer relação. Parece que a história não está indo para lugar algum, até que, nos momentos finais, a gente entende que se trata, na verdade, de uma história de amor. Do amor de Gatsby por Dayse, de tudo que ele fez para se tornar rico o suficiente para merecê-la, para tornar seu sonho de felicidade real, e de como este amor acabou com sua vida. Uma leve tristeza no final.... aquela sensação de vida desperdiçada.
 
Até chegar ao momento no qual eu comecei a entender a relação de Gatsby e Dayse eu não estava gostando muito do livro, parecia uma história mal contada, com lacunas, como alguém relembrando um passado remoto. Então percebi que era isso. Nick estava relembrando algo que havia acontecido há muito tempo. Depois, nas últimas vinte páginas, quando as coisas ficam “claras”, eu passei a gostar, não só da história em si, mas do que ela passa, do que representa. Fico pensando em como será o filme, se ele vai conseguir transmitir a força do livro ou vai parecer um romance água com açúcar.


A história é meio curta. Não é emocionante como Crônicas do Gelo e Fogo ou os livros do Cornwell. Penso que se a mesma história fosse escrita pelo Gabo, teria mais paixão, seria mais quente. A história é um pouco gelada, mas tem o poder de fazer pensar. Pensar sobre a vida cheia de dinheiro e vazia de sentido.

A verdade é que este livro é um daqueles que merecem ser analisados por quem entende de literatura, certamente, deve ter sido tema de muita tese de mestrado por ai!!! Então aqui fica apenas a visão de alguém que ama ler, mas que não tem o conhecimento técnico necessário para analisar o livro!!

De qualquer forma, recomendo, ainda mais com o filme por chegar!!!

Beijos
Fefa Rodrigues 

PS: Estou lendo O Discurso Secreto, e estou amando!!!!  Em três dias já li quase metade do livro, muito bom!!!