quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Don't worry...

Vi essa imagem no blog Amei. Super apropriado para o dia de hoje. 


Para a pessoa que me ensinou o significado - literal - de never give up!
Beijos
Fefa

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

Sabe quando a gente cria uma super expectativa e chega na hora, meio que se decepciona? Bem, com esse livro foi assim. Sempre esteve na lista daqueles livros que eu considerava que precisava ler antes de morrer, e fiquei muito feliz quando minha querida sobrinha Dani comprou. Não demorou muito para ela me emprestar, sabia que eu queria muito ler.

A foto saiu péssima!!
Meu primeiro susto foi com o tamanho, esperava algo bem maior e pensei que naquelas poucas páginas não seria possível desenvolver uma história muito complexa.

O livro conta a história do belíssimo e inocente Dorian Gray, modelo preferido do pintor Basil Hallward e de como Henry Wotton, um lord cínico e sem princípios vai influenciar sua vida de uma forma terrível, levando-o a se tornar o pior que poderia ser.

Tudo começa quando Basil Hallward faz um retrato de corpo inteiro de Dorian, e o retrato é tão bonito e Dorian se vê tão bonito e jovem que deseja de forma ardente continuar daquele jeito para sempre, deseja com toda a alma que sua beleza e juventude não o deixem e que o quatro envelheça em seu lugar.

Seu desejo se torna realidade, o que ele só percebe quando, depois de cometer um ato de extrema crueldade e egoísmo, percebe uma pequena ruga surgir no rosto pintado no quadro. A partir daí, o jovem antes inocente, se liberta de todos os limites e princípios e passa a ter uma vida desregrada, “aproveitando” todo o prazer que sua beleza e fortuna podem lhe proporcionar, sem que qualquer erro pese em sua consciência ou traga qualquer conseqüência sobre sua aparência que permanece angelical e apaixonante.

Com o tempo, uma figura do passado volta para vingar seu ato de crueldade, e Dorian, meio enlouquecido encontra seu fim...

Bem, sei que a história do livro tem uma finalidade muito mais de crítica social do que de agradar o leitor, mas, fiquei meio decepcionada, esperava mais da história, mais do livro... não está entre meus preferidos.

O que gostei no livro? Hum... ele me remete àquele trecho da Bíblia que diz sobre “o aproveita ao homem ganhar o mundo e perder sua alma”. Uma mensagem sempre atual, não?

Beijos e boa leitura!!!
Fefa Rodrigues

Apaixonada por Sorvete!!

O verão, técnicamente, ainda demora para chegar, mas o calor já está por aqui e com ele todo mundo começa a ficar mais animado, a se vestir mais colorido... todo mundo fica mais feliz. Não que nosso inverno seja grande coisa, mas depois de dois meses sem usar regata, o sol brilhando forte deixa todo mundo contente!!

E, uma das melhores coisas do verão, ou melhor, do calor, é sorvete, ainda mais se for de brigadeiro da Sorveteria Palácio, aquela que tradicionalmente, como em toda boa cidade do interior, fica na praça central ao lado da Igreja Matriz!!!

A Taís, do blog La Modee, e eu fomos lá hoje depois do almoço!!!

Eu com cara de "não quero voltar nunca mais pro trabalho!"


Nossos sorvetes!

A Taís!!

Sempre que vem chegando o verão eu me lembro de uma propaganda do Mac Donalds, já faz tempo, com uma música que dizia assim:

"É melhro ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe, como a luz que ilumina o coração!!"

Beijos e Boa Semana que se inicia!!!
Fefa Rodrigues

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Guerra dos Tronos

Estou lendo o tão falado Guerras do Trono e estou gostando bastante!!! Mas decidi assitir a série só depois de ler o livor, e realmente é algo que a gente não consegue parar de ler, queria poder levá-lo para todos os lados comigo para ler a cada minuto de folga que eu tenho...



Bom fim de semana pessoal... com calor e muito sol à vista!!!
Fefa Rodrigues

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Olhai os Lírios do Campo – Érico Veríssimo

Um pouco de literatura brasileira, para variar! Li este livro há tanto tempo, acho que tinha uns 16 anos e é uma bela história que comprei em um sebo da cidade. Nunca mais me esqueci da carta que Olívia deixa para Eugenio, carta que ele só deveria ler se ela não sobrevivesse e onde ela dizia que, quando ele se sentisse mal pela pobreza, deveria sair e olhar os lírios do campo.

O que eu li era assim, bem antiguinho também!!
Outra coisa que me marcou nesse livro foi o episódio em que Eugenio está com seus colegas da faculdade de medicina e encontra seu pai, um homem simples e humilde, na rua, e finge que não o conhece. Seu pai respeita sua vergonha e passa por ele sem falar nada.

A história gira em torno de Eugênio, filho de um alfaiate, pobre, mas que graças aos esforços de seus pais estudou em um ótimo colégio e formou-se em medicina. Eugenio odeia a pobreza em que sempre viveu e sonha em ser rico, mas na noite de sua formatura ele conhece Olívia, colega de turma e também de poucos recursos. Os dois se apaixonam, mas uma vida de pobreza faz Eugenio nunca assumir qualquer responsabilidade ou compromisso com Olívia que, acaba deixando a cidade de Porto Alegre para trabalhar em um hospital de uma pequena cidade.

Eugênio então conhece Eunice, filha de um rico empresário, e se casa com ela. Olívia volta para Porto Alegre e conta para Eugênio que ele é o pai de sua filha Anamaria, mas, apesar de não amar Eunice, o medo de uma vida de pobreza faz com que ele continue com ela apesar do relacionamento cadê vez mais decadente e mesmo amando Olívia.

Quando Olívia morre, Eugenio acaba assumindo a filha e se separa de Eunice, então, passa a ser um médico dos pobres, encontrando harmonia interior ao buscar tornar o mundo melhor.

Um livro legal, uma história tocante e uma amostra de boa literatura brasileira!!

Até, já comentei aqui que eu gosto de ler um clássico e um livro atual e é bom ler um pouco de literatura brasileira de vez em quando, então Olhai os Lírios do Campo é uma boa!!! Vale a pena ler.

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

Cuidando bem dos livros


Minha Estante
Dia desses as duas primeiras prateleiras ali em cima despencaram sobre mim exatamente na hora em que eu estava abaixada ali do direito, pegando uma meias na caixinha de meias que fica naquele canto. Ganhei um galo na cabeça, a capa do Dom Quixote rasgou na queda, uma das canecas onde deixo minhas canetas coloridas se espatifou em centenas de caquinhos, mas todos ficaram bem, até meu pobre note que suportou o impacto da queda.

Quando comentei com minha querida e amada sobrinha o acontecido, ela me disse que na verdade não foi culpa de um prego mal preso, mas foi, na realidade, uma revolta de todos os personagens que estão aprisionados nos livros, já que eles foram lidos poucas vezes “a razão de ser de um livro é ser lido, Fê”, foi o que ela me disse.

Bem, não que eu não goste de emprestar meus livros, de verdade, eu não me importo, aliás, desde que comecei o blog encontrei duas “emprestadoras de livros” lá no trampo, para quem eu empresto com todo o prazer do mundo, agora o que eu detesto mesmo é emprestar um livro e ele voltar amassado, arranhado, com as folhas cheias de orelhas, sujo... ah isso não dá, isso me revolta! Será que essas pessoas nunca ouviram falar de marcadores de páginas???

Dá uma olhada no estado em que o meu Anjos e Demônios voltou:

Não sei se dá pra perceber pela foto, mas essas manchas são de bolor – como alguém consegue deixar um livro embolorar num lugar onde faz calor 10 meses por ano??

E o Cem Anos de Solidão que sequer voltou?! Sabe o que mais me revolta? É que se não me entregaram ele de volta é porque nem leram, porque se tivessem lido, quando terminaram, iam pensar em devolver... então, com certeza ele está esquecido em alguma gaveta empoeirada e um dia, quando alguém resolver fazer uma limpeza, vai mandar ele para o lixo reciclável!!!:o(

Por isso eu tenho maior cuidado com meus livros SIM. Eu quero que eles sejam lidos, tanto que vivo fazendo propaganda deles para as pessoas e sempre ofereço o empréstimo, mas eu quero que eles voltem tão saudáveis quanto foram, e sabe porque? Porque dizem que um dia os livros de papel vão deixar de existir e se isso acontecer um dia meus netos vão ficar muito felizes com as relíquias que eu vou deixar de herança!!

Bom, então, pra ajudar a preservar melhor meus livros, eu encapo eles com papel contact – alguns insinuam que eu sofro de TOC, mas não ligo risos. Olha só como é fácil.

Antes...
...durante...

Depois!
Pode parecer, pelas fotos, que sem contact a capa está mais bonita, mas olha a comparação ai embaixo, o livro da esquerda, O Imperador – Campo de Espadas, ainda não está encapado, enquanto que o O Imperador – Os deuses da Guerra, já está encapado!!


Então, cuide bem de seus livros, um dia eles podem ser uma relíquia tão valiosa quanto o Graal!;o)

Beijos
Fefa Rodrigues

sábado, 20 de agosto de 2011

Os Portões de Roma – Conn Iggulden

Os Portões de Roma é o primeiro volume da série O Imperador do escritor Conn Iggulden, e o mais próximo de Bernard Cornwell que eu já encontrei. Achei esse livro super sem querer... andando pelo shopping, paramos para olhar a vitrine de uma livraria enquanto esperávamos a fila por um Top Sundae diminuir.

Na verdade foi o Davi quem viu o livro primeiro e eu entrei na loja achando que era do Cornwell porque tem o nome dele na capa, mas o nome dele está lá com uma citação dele sobre a obra, ele disse que aquela era “uma história brilhante, com personagens vivos, ação e ritmo fantásticos! Eu queria tê-la escrito”.  Daí eu pensei “se o Cornwell falou que é bom só pode ser bom”, além disso, lendo a sinopse, vi que a história seguia o jeito dos livros dele e que era um romance sobre a vida de ninguém menos que Júlio César, aquele de Roma, sabe? ;o)

O estilo realmente lembra muito o de Cornwell em sua trilogia As Crônicas de Artur e o primeiro livro da série é esse ai da foto - Nos Portões de Roma, que começa contando a história de Caio Júlio César desde sua infância na pequena propriedade rural de seu pai nos arredores de Roma, acompanhado de seu inseparável amigo Marcos, o treinamento e aprendizado tanto das leis romanas quanto das táticas de guerra – aliás, especialmente das táticas e formações das legiões romanas, daí dá para entender porque eles eram imbatíveis, treinados desde crianças, uma legião era como um único homem, se movimentando com perfeição – a morte de seu pai, a dura convivência com sua mãe que sofria de alguma doença psicológica, acho que era algo como esquizofrenia, até que eles dois se transformam em adultos forte e corajosos, que vão enfrentar a rebelião que quase destruiu Roma.

É um romance histórico sobre uma das civilizações mais marcantes de todos os tempos, escrita de forma gostosa de se ler, com detalhes da vida e do cotidiano da época, mesclando história real e situações fictícias ele torna esses personagens mais reais.

Eu sou apaixonada por romances históricos por muitos motivos, e um deles é porque, como essas pessoas viveram há tanto tempo, quando leio sobre elas é como se lesse sobre qualquer personagem fictício, afinal, eles estão tão distante de nós quanto Bilbo Bolseiro. Mas quando eu leio um romance histórico e penso nessas pessoas como pessoas mesmo, em situações do dia-a-dia, as vezes agindo por impulso, as vezes sofrendo por amor, vivendo suas vidas sem sequer imaginar que centenas de anos depois nós estaríamos pensando nelas, então elas se tornam mais reais para mim.

Para quem gosta de romance histórico é uma ótima dica!!! Para quem gostou de As Crônicas de Artur ou  A Busca do Graal, essa série de quatro volumes é uma ótima pedida. Eu li os três primeiros, falta apenas o quarto para eu terminar a série, que está com o Davi, e nos próximos dias  eu comento um pouco do volume 2 e 3!!! Mas já digo que de todos os três que eu li, o primeiro foi o melhor!!!!

Ah e só para constar, o Conn Iggulden é inglês... pode parecer que “tô pagando pau” demais para os ingleses, mas não tem o que dizer, não conheço outro país que tenha um número tão grande de escritores tão fantásticos como a Inglaterra!!


Ainda bem que um dia eles resolveram parar de matar franceses e resolveram começar a escrever!!!!

Beijos e boa leitura e ótimo sábado (aqui super chuvoso, mas já se despedindo do inverno – a cidade toda tá cheirando à flores) para todos!!!
Fefa Rodrigues  

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Terra – Caetano Veloso

Música é um assunto que eu ainda não comentei aqui. O que eu escuto e que lota meu Ipod é U2, Oásis, Travis, Cold Play, Foo Fighters, The Verve... não escuto muito música brasileira, acho que, salvo algumas exceções, não produzimos músicas de qualidade como outrora... porque tudo isso que faz maior sucesso pelo mundo a fora é horrível, e dá vergonha, quase tanto como Paulo Coelho - péssimo!!

Bom, mas hoje quero falar da minha música preferida, é do Caetano Veloso, vou postar a letra ai embaixo e sugerir que você busque o vídeo no Youtube, porque é linda demais, tem todo o jeito de música brasileira da melhor qualidade!!!


Terra

Composição: Caetano Veloso


Quando eu me encontrava preso
Na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim coberta de nuvens...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Ninguém supõe a morena
Dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema
Mando um abraço prá ti
Pequenina como se eu fosse
O saudoso poeta
E fosses a Paraíba...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Eu estou apaixonado
Por uma menina terra
Signo de elemento terra
Do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza
Terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Eu sou um leão de fogo
Sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente
E de nada valeria
Acontecer de eu ser gente
E gente é outra alegria
Diferente das estrelas...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

De onde nem tempo, nem espaço
Que a força mãe dê coragem
Prá gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas do nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Na sacada dos sobrados
Da velha são Salvador
Há lembranças de donzelas
Do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra!


Música bonita e recheada de história!! Busca lá no Youtube, vai...

Beijos
Fefa Rodrigues

Lista de Desejos

Que eu gosto de blogs de moda não é segredo para ninguém, e, nos muitos que eu visito todos dias, reparei a constante existência de wish lists com sapatos, bolsas, saias e tudo mais que uma fashionista deseja ardentemente.

Não que eu não goste de sapatos e roupas, mas eu sou apaixonada mesmo é por papel, então, também vou montar minha wish list, mas com os meus livros mais desejados!!

  1. Os Miseráveis – Vitctor Hugo. Já li esse livro, mas foi emprestado, e como ele é o preferido dentre os mais amados, gostaria de tê-lo em minha estante.
  2. Cem Anos de Solidão – Gabriel Garcia Marques. Também entre os meus preferidos, já li cinco vezes, mas, para minha tristeza, emprestei e não me devolveram mais, então, ele também está em falta na minha estante.

Agora vamos ao inéditos
  1. A triste da Rainha – Suzannah Dunn. Ainda não conheço nada da autora, mas vi essa dica no blog brasileiro do Bernard Cornwell e me interessei, já que é um romance histórico sobre a Rainha Maria da Inglaterra, alias, se for histórico e na Inglaterra acho quase impossível eu não gostar.
  2. A Conspiração do Faraó – Antônio Cabanas. Também vi a dica no blog brasileiro do Bernard Cornwell e não conheço autor ou obra, mas a sinopse fez o livro parecer bem legal;
  3. A Chave Rebeca – Ken Follett. Esse e os seguintes eu vi lá no Eu Leio da Lu Russa e quero todos!!
  4. A Profecia Romanov – Ster Berry.
  5. O Discurso Secreto – Tom Rob Smith.
  6. Criança 44 - Tom Rob Smith.
  7. Queda de Gigantes – Ken Follett.
  8. O Palácio de Inverno – John Boyne.
Ah, e só para constar, meu aniversário está chegando, viu!!!!

Beijos
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dá, pra você!!!

É Isso Aí

É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar

É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar

É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Eu Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar

Ana Carolina

Composição: Composição: Damien Rice (vers.: Ana Carolina)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Azincourt – Bernard Cornwell

Muitas vezes terminar um livro me deixa triste. Sou meio boba, parece que me apego aos personagens, parece que eles existem de verdade e que os dias em que passei lendo aquele livro eu estive na companhia deles e, como quando a gente se separa de bons amigos, vou sentir falta daqueles personagens.

Por isso, algumas vezes, releio os meus preferidos, mas, como infelizmente eu não nasci filha de milionário, nem criei uma rede social e fiquei rica, eu tenho que trabalhar, além disso, tenho as leituras preparativas para o mestrado, então, não sobra tanto tempo para a leitura por prazer... daí, não posso me dar ao luxo de reler os livros... afinal, ainda tem tantos que eu ainda quero ler...


No caso de Azincourt deu ainda mais tristeza, porque, depois deste, só me resta ler O Condenado para terminar a coleção do Bernard Cornwell e eu queria muito que ele escrevesse outra história de arqueiros, já que, como eu disse para o Davi, prefiro as flechas às paredes de escudo!!

Então, se alguém ai tem o twiter dele, por favor, manda uma mensagem implorando para ele escrever mais histórias de arqueiros!!!!

Bom, voltando ao livro, comentariozinho sobre a história.

Nesta obra, nossa companhia é Nick Hook, um arqueiro inglês que tem por ofício matar franceses, claro! E o pano de fundo é a batalha de Azincourt, que aconteceu durante a Guerra dos Cem Anos, batalha tão famosa e mítica quanto a batalha de Crécy, ocorrida durante a mesma guerra, que na realidade durou 110 anos, mas algumas décadas antes. Quem leu A Busca do Graal, acompanhou o exército inglês, em menor número e menos equipado, destruir o exército francês graças, é claro, a seus fenomenais arqueiros, em Crécy.

Em Azincourt, o livro começa cotando a história de Nick Hook, da rixa de sangue que ele tem com a família Perril, sua ida a Londres para acompanhar o assassinato na fogueira de um bando de hereges e do acontecimento que mudou sua vida, quando ninguém menos que São Cipriano fala com ele. Nick acaba se alistando como arqueiro para se livrar da forca, é mandado para Soissons, onde o exército inglês é destruído pelos franceses graças à traição de um duque escocês, mas, apesar das barbáries cometidas contra os arqueiros ingleses, Nick consegue sair ileso e foge para Calais, levando consigo Melisande, a garota que ele conseguiu salvar da fúria francesa.

A partir daí ele passa a servir a Sir John e, como arqueiro do exército da Inglaterra, acompanha o Rei Henrique V que invade a França para reivindicar o trono – ou simplesmente porque eles não tinham mais nada a fazer a não ser matar franceses. O exército chega confiante, mas durante o cerco à cidade de Harfleur, a doença ataca os homens que começam a morrer aos montes, sem conseguir que a cidade seja tomada.

Depois de 5 semanas a cidade acaba se rendendo, mas, apesar disso, Henrique V havia sofrido uma derrota virtual, porque acabou por perder quase metade de seu exercito para dominar uma pequena cidade sem importância política.

Henrique não quer deixar a França humilhado, parecendo fraco e fazendo a cristandade pensar que ele não desfruta do favor divino, então decide levar seu exército de Harfleur até Calais, marchando pelo interior da França, e é durante o trajeto, numa grande campina conhecida como Azincourt, que acontece uma das mais grandiosas batalhas da história. O exército inglês, doente, exausto, faminto terá que enfrentar o grande exército francês, maior em número e em plenas condições, equipado e fortalecido.

Mas quem poderia vencer os arqueiros ingleses? Como em Crécy, mais uma vez o exército francês tem que sentir a força do arco inglês!!!

Sensacional.

Ótima dica.
Beijos e Boa Leitura!!!
Fefa Rodrigues


PS: e agora vamos ao Guerra dos Tronos!!

The Tudors

Não sou nem nunca fui muito fã de TV. Fora O Cravo e a Rosa, nunca consegui assistir uma novela. Gostaria de ter assistido Cordel Encantado, porque parece muito fofo, mas não deu, a vida anda muito corrida e as 18:00 eu estou na academia!!! Então, acho que por não ser fã de TV eu acabei fascinada por livros e, também, graças a minha “natureza circunspecta”, ou, em outras palavras, meu gosto pela solidão.

Massss... quando minha irmã mais velha assinou TV paga, isso já há uns 15 anos, eu comecei a gostar de algumas séries, conheci Friends, Felicity, King of Queens... depois veio Gilmore Girls, Smallville, The O.C, Big Love.... virei super fã de séries!!

O melhor de tudo foi quando começaram a surgir – ou quando eu descobri a existência – das séries históricas – Roma foi a primeira que me chamou a atenção, e uma das minhas preferidas até hoje é The Tudors que, como é de se esperar, conta a história de Henrique VIII e suas várias mulheres.

A primeira temporada foi ótima. A melhor. Foi longa, com 24 episódios e contou toda a fase da vida de Henrique VIII desde que se apaixonou por Ana Bolena, sua busca pelo divórcio, mostrou muito de sua esposa Catarina de Aragão – e daí eu odiava a Ana Bolena porque a Catarina era uma rainha e tanto! – o rompimento com Roma, o nascimento de sua filha Elizabeth – que viria a ser a grande rainha –, a decadência de sua paixão por aquela mulher e seu triste destino. Foi bem detalhista.

A partir da segunda temporada foram menos episódios, mas de mulher em mulher chegou-se a quarta temporada que eu comecei a baixar ontem – porque eu não tenho paciência de ver um episódio por semana e gosto de ver tudo de uma vez só.

Gostei muito, principalmente porque eu ADORO a história da Inglaterra e, sem contar, que o Rei Henrique está lindão na série!!!

Catarina de Aragão, Henrique VIII, Ana Bolena - Os de Verdade!!

Catarina de Aragão, Henrique VIII, Ana Bolena - Os de Mentira!!

Fala ai se esse Henrique VIII não é de matar?!?!
Fica ai mais uma dica!!

Beijos
Fefa Rodrigues

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A vida tem que ser boa!!!!

Já postei essas palavras noutro dia, mas vou repedit porque acho realmente importante que a vida seja boa e para que isso aconteça a maior parte da responsabilidade é nossa!!!


Não se acostume com o que não o faz feliz,
Revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
Mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Fernando Pessoa

sábado, 13 de agosto de 2011

Paixão India - Javier Moro

Paixão Índia é o livro que conta a história real do amor do rico marajá indiano, o rajá de Kapurthala por Anita Delgado, uma jovem bailarina espanhola. Anita tinha apenas 17 anos quando o marajá a viu dançando e se apaixonou por ela. Desde então, diariamente o marajá voltou para vê-la se apresentar e a cada dia mandava ricos presentes para a garota de família humilde. Não demorou para que ele conquistasse seu coração e em 28 de janeiro de 1908 a espanhola chegou montada em um elefante branco adornado com centenas de pedras preciosas à uma pequena cidade indiana, para se tornar uma princesa.


O marajá respeitou as vontades da jovem esposa europeia e não levou-a para viver na zanana, residência onde suas outras esposas viviam sob a direção da esposa mais velha. Anita, diferente das outras esposas do marajá, ganhou um palácio, joias, presentes fabulosos e dezenas de serviçais. Uma vida luxuosa, mas solitária.

No início, entre Anita e o esposo reinava uma paixão ardente, embalada pelo sensualidade típica do povo indiano, mas o tratamento diferenciado que o marajá reservou a Anita gerou ciúmes em suas outras esposas e intrigas. Com o tempo, Anita começou temer por sua segurança e de seu filho, constantemente sonhava que haviam colocado um escorpião no berço do menino.

O choque cultural também foi grande. Não foi fácil para uma europeia se adaptar aos costumes milenares da Índia do início do século XX.

Depois de algum tempo, o relacionamento com seu marido, bem mais velho do que ela, começou a esfriar, especialmente depois que Anita ficou doente e por recomendação médica, privada de manter relações por um tempo. Cada vez mais solitária, Anita acaba se envolvendo com alguém muito próximo de seu marido e as consequencias desse romance vão ser devastadoras.

Como pano de fundo, ainda se desenrola os movimentos contra a dominação e o colonialismos da Inglaterra na Índia, com personagens como Gandi e Bibi Amrit Kaur.

Eu gostei do livro, é bom. Minha sobrinha não gostou. Acho que o mais interessante de tudo é poder conhecer a cultura Indiana. Por ser uma história real, as partes tristes ficam anda mais tristes, mas é algo interessante de se ler.

Fica ai a dica!!  
Beijos
Fefa Rodrigues

Hummm... que delicia!!!

Doce de Nata. Não sabia que existia. Nunca tinha experimentado. Até agora, para mim, de nata só existia sorvete, além de ser recheio de pão para minha avó. Mas eis que minha querida irmã volta de Monte Verde com potinhos de doces e, dentre eles, esse ai embaixo, Doce de Nata com Nozes. Com certeza não foi o primeiro potinho a ser aberto, mas, depois que foi, descobri o melhor doce que já comi na vida. Melhor que chocolate, melhor que pudim de leite condensado, melhor até mesmo que cocada!!


Se tiver oportunidade, viajando lá pelas Minas Gerais, não deixe de experimentar, é divino!!

Beijos
Fefa Rodrigues

Desenrola

Acho que foi com Cidade de Deus que cinema brasileiro passou a valer a pena. Não tenho nenhum pudor em admitir que, até então filme, a produção cinematográfica brasileira deixava muito a desejar e, via de regra, era sinônimo de pornô de segunda classe. Mas então veio Cidade de Deus  para mudar essa realidade. Fui ao cinema três vezes assistir esse filme. Depois vieram outros filmes bem legais como Os Normais, Lisbela e o Prisioneiro, o Auto da Compadecida, E se fosse você,  até o super aclamado Tropa de Elite – quem não ama o Capitão Nascimento?


Vencido o preconceito com filmes brasileiros, essa semana assisti mais um legal, Desenrola. É um filme bem adolescente – estilinho Malhação, mas é engraçado, bonitinho, bem feito! Típico drama adolescente, se parece com aqueles filmes americanos de sessão da tarde, que a garota nada popular é apaixonada pelo super galã, enquanto um carinha gente boa pra caramba ta dando mole pra ela sem que ela dê valor a quem merece!:o)

A menina que faz o papel principal é muito boa, já a que faz o papel de garota popular é terrível, trabalha muito mal!!

O filme realmente é divertido, só meio fora da minha realidade, já que não estou acostumada com o comportamento das meninas do filme.

Fica ai a dica!!  
Beijos
Fefa Rodrigues

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Os Falsários de Hitler – Lawrence Malkin

Ontem estava conversando, via e-mail, com o Moretti, amigo e futuro afilhado, sobre o filme O Menino do Pijama Listrado, que eu não vi nem li o livro, porque sei que é muito triste. Apesar de ser super-fã de história da II Guerra eu não gosto de ver ou ler coisas sobre campos de concentração. Sempre que leio, ou vejo um documentário sobre o assunto, me dá uma tristeza tão profunda, aquelas cenas ficam revirando na minha mente por dias, já cheguei a passar mal por causa disso, então, evito. 


Daí que, aproveitando o embalo da conversa com o Moretti, me lembrei desse livro que eu comprei nas Lojas Americanas, enquanto esperava o motorista manobrar o carro pela bagatela de R$ 9,90. Comprei pela capa, com pressa, li em um fim de semana e gostei. O livro é bem fininho, coisa pra se ler rápido e é uma história real que, como descobri depois, já virou filme.

O plano dos nazistas, conhecido como Operação Bernhard, era destruir a economia da Inglaterra a partir da produção de notas de libras falsas, que seriam lançadas sobre o céu de Londres e de todo o Reino Unido. Para produzir notas falsas tão perfeitas que fossem capazes de passar como verdadeiras, foi reunido um grupo dos melhores tipógrafos e artífices judeus e um grande falsificador, escalados e levados para o Bloco 19 do campo de concentração.    

Como todo prisioneiro de um campo de concentração, a vida desses homens não era fácil, mas eles passaram por uma situação ainda mais estressante, pois, se trabalhassem com agilidade ajudariam seus inimigos a vencer a guerra, se trabalhassem com lentidão, corriam o risco de irem para a câmara de gás.

O livro narra o dia-a-dia desses homens que foram forçados a falsificar cerca de 132 milhões de libras esterlinas, e as técnicas utilizadas em uma das operações mais secretas da segunda guerra, além de um pouco da vida real dos personagens principais dessa história real que permaneceu desconhecida por cerca de 50 anos, plano que poderia ter mudado o rumo dos acontecimentos, não fosse pela ofensiva Russa e o Dia D.

Este é um livro legal para quem gosta do assunto II Guerra, mas que não quer remoer as atrocidades nazistas. Não que os prisioneiros do Bloco 19 não sofressem as privações de um Campo de Concentração, mas o foco é outro, então, não há uma atenção mais detalhada nestes sofrimentos, como ocorre, por exemplo, em Resistência que eu já comentei aqui. Você pode ler sem ficar remoendo as coisas dias e dias!

Quando eu li esse livro me lembrei de uma cena do filme A Lista de Schindler, não me lembro com exatidão, mas na cena se passava num campo de concentração, os prisioneiros estavam construindo alguma coisa, um prédio eu acho, e acontece uma discussão entre o responsável pela obra e uma das prisioneiras – judia, é claro. O diretor do campo chega e pergunta qual o problema, e tal, e a moça explica que da forma que está sendo feita, a construção vai cair. O diretor então pergunta como ela sabe disso, e ela explica que é engenheira com especialização em Oxford e diz o que está errado e como deve ser concertado, o diretor do campo de concentração então dá um tiro na cabeça dela e manda que façam do jeito que ela falou. :o/  

Fica ai a dica!!

Beijos e boa leitura!!!
Fefa Rodrigues

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Senhor dos Anéis e Crônicas do Gelo e Fogo

O Senhor dos Anéis é um daqueles livros que todo mundo conhece porque já leu ou porque, no mínimo, viu os filmes e aquelas pessoas que não conhecem certamente não estarão visitando um blog sobre livros.


Esse foi o meu primeiro livro no universo da fantasia que eu só conheci depois de ver o filme. É que, apesar de adorar ler já há muito tempo, eu vivia limitada a disponibilidade da biblioteca local numa época em que não tinha uma livraria de verdade na city e eu não tinha acesso tão facilitado à Internet, então eu não conhecia o Tolkien.

Então, no dia em que fui fazer a matricula da faculdade lá em Sorocaba, aproveitamos para ir ao cinema (que também não existia em Tatuí... mas calma, isso foi em 2002) e estava passando O Senhor dos Anéis – A sociedade do Anel, eu simplesmente não sabia que a história não ia acabar naquele filme e sai do cinema desesperada pela continuidade...

Cheguei em Tatuí e descobri que uma amiga do meu irmão tinha A Sociedade do Anel emprestei e li...  comprei As Duas Torres e o Retorno do Rei. A partir daí me apaixonei pelo gênero fantasia, li O Hobbit, Smarilion, Contos Inacabados... depois fui para as Crônicas de Nárnia... Harry Potter...

Já fazia um tempo que não lia fantasia, até que comecei a ouvir e ler todo a agitação em torno de As Crônicas do Gelo e Fogo – descobri lá no blog Na Trilha dos Livros, e claro, comprei imediatamente, imaginando, como disse aqui, que seria uma mistura de Bernard Cornwell com C.S. Lewis.

Ainda não comecei a ler, porque estou lendo Azincourt, mas dei uma pesquisada nos comentários pela net, gostei do que li e não tem como evitar as comparações entre O Senhor dos Anéis e Crônicas do Gelo e Fogo... isso é normal.


Mas, sinceramente, não gostei de alguns comentários mais exaltados, quase que denegrindo O Senhor dos Anéis simplesmente porque Crônicas do Gelo seria uma fantasia realista (paradoxal, não?), já que seus personagens, diferente do que acontece com Tolkien, não são totalmente bons ou totalmente maus, enquanto que em Crônicas do Gelo os personagens se embriagam, matam, agem sem principio, guiados por seus desejos, ou seja, tem os mesmos defeitos de todos nós mortais.

Bem, como disse, ainda não li, mas assisti ao primeiro episódio da série e, ao meu ver, em Crônicas do Gelo os personagens são mais parecidos com os humanos normais do que os personagens de Tolkien. Acho que ai está a principal diferença, porque em O Senhor dos Anéis a grande maioria dos personagens não são humanos, são elfos, hobbits, magos, etc... mas acho que isso não é suficiente para tornar uma obra melhor que a outra.

São diferentes. É óbvio que Tolkien escreveu considerando seus princípios, da mesma forma que C. S. Lewis e a inegável semelhança entre o Grande Aslan e Cristo, e de acordo com o mundo que ele criou. Legolas não se parece com o Toby, mas isso não torna um melhor que outro.

Os mundos de cada uma destas fantasias estão impregnadas com a visão de seus criadores... e, sinceramente, não acho que fantasia tenha que ter credibilidade!!

Por isso acho que todas estas grandes obras de fantasia – O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia, Harry Potter e agora Crônicas do Gelo e Fogo – são maravilhosas com suas próprias nuances e diferenças, e se completam... pois, como já disse, depois de ler O Hobbit, você entende melhor a transformação de Eustáquio em dragão, em O Peregrino da Alvorada!!

Beijos a todos e boa leitura!!!
Fefa Rodrigues

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Os Pilares da Terra – Ken Follett

Esta é mais uma história que se passa na Idade Média e que, para falar a verdade, eu não conhecia – nem autor nem obra – até começar a frequentar o blog Eu Leio, da Luciana Russa. Foi lá que eu conheci várias obras do Ken Follette e li os comentários sobre Os Pilares da Terra pela primeira vez.


Como a história gira em torno da construção de uma catedral na Idade Média – duas coisas que eu adoro. Idade Média e Igrejas – e como o blog falava muito bem do autor e especialmente deste livro, abri uma “aba” no meu Internet Explorer e encomendei!!!

A obra tem dois volumes, eu li o primeiro e gostei, ainda não comprei o volume dois, mas está na lista de próximas aquisições.

Sobre a história, ela tem quatro núcleos (não achei uma palavra melhor) distintos que vão se fundir mais adiante.

Tudo começa quando Tom Construtor está trabalhando na construção da casa de Wilian, um cavaleiro boçal e estúpido – um dos personagens mais odiosos do universo literário. Acontece que o tal cavaleiro pretendia se casar com Aliena, a quem o pai, em grande senhor de terras e nobre, tinha prometido não impor o casamento, permitindo a ela escolher seu marido. Aliena rejeita Wilian – e bem que faz porque o cara é um idiota - e isso gera enorme ódio e desejo de vingança por parte do cavaleiro e de seus pais que se sentem humilhados. Sem o casamento, Wilian determina o fim da construção da casa e Tom acaba sem emprego, tendo que vagar de cidade em cidade em busca de sustento para sua família – sua mulher que está grávida, seu filho Alfred e sua filha Martha.

Em razão de acontecimentos que eu não posso relatar para não estragar a graça de quem ainda não leu o livro, outras três pessoas acabam se envolvendo com essa família. O Prior Philip e Ellen e seu filho Jack, esses dois moradores da floresta.

Toda história se move em volta dos desejos desses personagens centrais além de haver, como pano de fundo, um segredo envolvendo o naufrágio do White Ship, acidente que deixou o Rei Henrique I sem descendentes e que vai acarretar a disputa pelo trono que também vai influenciar diretamente a vida de todos esses personagens.

Tom deseja construir uma catedral, Aliena deseja vingar a morte de seu pai e fazer de seu irmão um cavaleiro para retomarem suas terras que foram confiscadas, Ellen deseja Tom, Wilian deseja Aliena, o que também desejam Alfred e Jack, o Bispo Walren desejo seu castelo, o prior Philipe deseja reformar o priorado.... e de desejo em desejo a história se move.

A história é boa, bem escrita, um enredo interessante.

Ah! Já ia me esquecendo.... o livro virou uma série para a televisão, eu vi os primeiros capítulos, mas não quis terminar antes de ler o segundo volume. Muito bem feita, vale a pena assistir.

Lá no blog Eu Leio tem várias dicas de outros livros deste autor, e eu estou super interessada em ler O Homem de São Petersburgo e a série Queda de Gigantes.

Ai Jesus, eu preciso mesmo viver 100 anos...

Tá ai mais uma dica!!!
Beijos e boa leitura!!!
Fefa Rodrigues

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Laranjeira em Flor

Laranjeira em Flor

Eu gosto de cheiros. Gosto do aroma das coisas. Perfumes, comidas, roupas limpas, cabelo cheiroso... aliás, eu tenho a mania de sentir o cheiro de tudo e o melhor perfume que eu já senti em minha vida é o da flor de laranjeira. Percebi esse aroma nos dias quentes de inicio de agosto, no meu primeiro ano de faculdade, quando o sol do meio dia parece que vai fazer a gente derreter. Era nessa hora que o ônibus que trazia os estudantes de volta para casa passava bem no meio de uma infinidade de plantações de laranja e, enquanto algumas meninas reclamavam da minha janela aberta, porque o vento desarrumava seus belos cabelos, eu ficava ali, de olhos fechados, sentindo o perfume e, até hoje, quando sinto aquele cheiro doce e refrescante, me sinto feliz por lembrar daqueles bons dias, quando meus sonhos começaram a se realizar.

Não sei se foi o perfume que inspirou o poeta, mas achei uma poesia que chama Laranjeira em Flor, e vou postá-la ai embaixo e, se num dia de agosto, época em que as laranjeiras florecem, você estiver passando por uma plantação de laranja, respire fundo e deixe seu coração voar...


Laranjeira em Flor
Homero Expósito

Era mais branda que a água
que a água branda
Era mais fresca que o rio,
laranjeira
em flor
E
nessa rua de estio,
rua perdida,
deixou um pedaço de vida
e se marchou.

Primeiro há que saber sofrer,
depois amar, depois partir
e ao fim andar sem pensamento
Perfume de laranjeira em flor,
promessas vãs de um amor
que se escaparam no vento.

Depois, que importa do depois
Toda minha vida é o ontem
que me detém no passado
Eterna e velha juventude
que me há deixado acovardado
como um pássaro sem luz.

Que lhe haverão feito minhas mãos?
Que lhe haverão feito,
para me deixar no peito
tanta dor?
Dor de velho arvoredo
canção de esquina,
com um pedaço de vida,
laranjeira em flor.
Beijos
Fefa Rodrigues

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Vila - Paulo Setúbal

O dia 11 de agosto, além de ser o tradicional Dia do Pindura, quando alunos de direito do país todo tem passe livra para comer e sair sem pagar, é, também, o dia do aniversário da minha city, Tatuí, mais conhecida como Cidade Ternura. Para as comemorações temos, durante toda a semana, espetáculos teatrais - à tarde para o publico infanto-juvenil, à noite para o publico adulto – apresentações de orquestras, Torneio de Cururu, Concurso Literário Paulo Setúbal, Apresentação da Esquadrilha da Fumaça e o Desfile Cívico no dia do feriado. Têm, também bailes, jogos de futebol, encontros de dança... uma infinidade de atrações para todos os gostos...

Em homenagem a cidade, vou postar aqui, durante essa semana e a próxima, algumas das coisas que eu gosto... e uma delas são as poesias do famoso escritor da cidade, Paulo Setúbal.

Vai ai uma delas.


A VILA

Lembro-me bem dessa vilota rude,
Onde eu me fui, sem gosto e sem saúde,
Buscar um poiso para os meus cansaços.
Que terra triste! Triste e sertaneja:
A escola, a hospedaria, a antiga igreja,
E a capelinha do Senhor dos Passos...

Na esquina, em frente à Câmara, o barbeiro.
Logo depois, num colossal letreiro,
A "Loja Popular" do velho Lopes.
E é bem no largo da Matriz que fica
A sempiterna, a clássica botica,
Com seus reclames de óleos e xaropes...

Ah! Foi aí, nesse ermo de tristeza,
Nessa terreola fúnebre e burguesa,
Tão sem encantos, tão descolorida,
Que eu fui viver, com lágrimas e flores,
No mais cruel amor dos meus amores,
A página melhor da minha vida!


Se você quiser saber mais sobre o autor, clique aqui!!!

Beijos
Fefa Rodrigues