segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Código da Vinci e minha experiência na Inquisição

O livro O Código da Vinci, do escritor Dan Brown, sem dúvida nenhuma causou. Com sinceridade, não considero o cara um gênio da literatura (sempre lembrando que não sou uma expert no assunto, ok?!), mas verdade é que ele encontrou uma fórmula que deu certo e que, vale até lembrar, ele usa como “esqueleto” em suas outras obras Anjos e Demônios e O Simbolo Perdido, que também já li e que serão objeto de postagens futuras!

As três orbas seguem o esquema assassinato misterioso + uma personagem feminina linda e inteligentíssima + uma perseguição policial + o professor Robert Langdon decifrando um grande mistério capaz de abalar os fundamentos da sociedade... tudo com uma facilidade que faz parecer fácil... (fica aqui a dica, Moretti, pede ajuda pra ele e quem sabe você vence alguma edição do Caça ao Tesouro, heim!!??). No livro O Código da Vinci ele soma à essa fórmula bem sucedida um esquema de conspiração milenar e um segredo muito bem guardado pela Igreja Católica envolvendo o Santo Graal.

Detalhe das Ilustrações

Um pouco além da questão referente a qualidade do livro, o que realmente me deixou incomodada na época em que estre virou best seller foi a polêmica em torno da obra, tudo por conta do que seria realmente o tal Santo Graal (poxa, vou resistir à tentação de mencionar a resposta do grande enigma porque vai que tem alguem por ai que ainda não leu, né?!)

Detalhe das Ilustrações
Ouvi tantos absurdos, coisas como o livro sendo uma obra com o fim de abalar o cristianismo em todas as suas vertentes, que o livro era o sinal do anticristo, que o mundo estava acabando... blá blá blá.. Poxa vida, quem em sã consciência acredita mesmo que uma simples obra de ficção, ressalto: ficção, poderia destruir o cristianismo ou abalar a fé das pessoas, mesmo porque, quem tem o mínimo conhecimento histórico, pode até ser aquele conhecimento adquirido a partir do Mago Google e da Wikipédia, percebe que toda a trama se baseia em dados históricos incorretos ou manipulados de acordo com o interesse do autor e claro, sem ue isso seja uma critia a ele, ele só usou o que tinha à disposição pra criar sua história, principalmente Dan Brown com certeza não é nenhum Bernard Cornwell... e sinceramente, a fé que se abala pelos escritos de uma obra qualquer, é qualquer coisa, menos fé...

Voltando ao livro, tenho que admitir que é bem legal, uma história cheia de aventuras e que consegue manter o interesse do leitor do início ao fim... falta um pouco de qualidade, especialmente dos personagesn que, em todas oas obras, se repetem, mudando apenas de nome, endereço e profissão, mas acho que percebo isso por estar acostumada a ler autores como (mais uma vez) Bernard Cornwell, Conn Iuggulden, Valério Manfredini... alta qualidade, né... isso para apontar só os romances históricos
Detalhe das Ilustrações

Quanto ao filme, poxa, apesar de eu repetir isso quase que como regra sobre toda e qualquer adaptação para o cinema, definitivamene não fez jus ao livro... todo mundo que foi assistir ficou decepcionado, aqueles que ja tinham lido o livro sabiam que havia muito mais a se contar, já aqueles que não tinham lido ficaram se perguntando o que tanta gente tinha visto nele e qual a razão de tantos fãs... eita filme parado, viu! Mesmo com Tom Hanks o filme não coneguiu transmitir a sensação frenética do livro! Nada a ver...

Bom, por fim, não vou fazer resuminho da obra porque acho que está todo mundo cansado de conhecer a história, e quem ainda não conhece, vale a pena sim ler...

Então, já que o livro não é excepcional e a história é super conhecida, seja pela leitura seja pelo filme,  acredito que a parte mais interessante dessa postagem é a que vem agora, que é a minha experiência na Inquisição.

Não sei se vocês se lembram de quando a TV Globo exibiu o filme O Código da Vinci pela primeira vez, bem, no dia seguinte, um mocinho que trabalhava comigo me contou que seu pai, depois de assistir ao filme, indignado com a questão de quem seria o Santo Graal, exigiu que ele queimasse seu exemplar, uma edição ilustrada. Sua última palavra foi de que aquele livro maligno deveria ir para a fogueira! Quando ele me contou isso me senti na Idade Média, eu que tanto amo essa fase da história fiquei apavorada! Imagina queimar o livro... “traz ele pra mim” - eu pedi... ele ficou meio pensativo, depois prometeu que se o livro ainda existisse ele traria no dia seguinte. Ele teve coragem de salvar o livro das chamas, a desculpa que ele eu ao pai dele eu desconheço, mas foi assim que uma edição ilustrada de O Código da Vinci se livrou da fogueira para fazer parte da minha biblioteca e foi assim que por um breve momento eu me senti na Inquisição!

Detalhe da capa e contra-capa da Edição Ilustrada


Passados alguns anos da polêmica, o livro já esta meio esquecido nas estantes ds livrarias, mas minha fé, e a de milhares de pessoa que leram a obra, continua firme e forte porque “nós sabemos em quem temos crido”!

Agora se você quer uma história boa mesmo envolvendo o Santo Graal, eu recomendo A Busca do Graal de Bernard Cornwell que eu já comentei aqui.

Beijos e boa leitura!!! E nada de botar fogo em livro, heim gente... isso sim é pecado!!!
Fefa Rodrigues


2 comentários:

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Não acredito que em pleno século XXI ainda tem gente que pensa assim... Fogueirinha só com o meu livro de linguística! Brincadeira, nem esse eu tenho coragem...Quanto à polêmica que o livro gerou, só fez é vender mais livros.Dan Brown com certeza acdertou a sorte grande com ele...E quanto ao filme, concordo com você e apesar de adorar Tom Hanks, acho que ele não era o ator para fazer o Langdon...Anjos e Demônios é melhor.

Unknown disse...

Fê eu adorei ler este livro!!Apesar de ser católica adoros histórias digamos "mirabolantes"....haha

Vale a pena ler!!

Bjus!!